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Nós, o povo, a nação, a comunidade, a sociedade, o estado, etc. Existem vários nomes que mudam dependendo do contexto para designar um ente coletivo abstrato que algumas pessoas alegam representar como um todo e com isso tentam justificar uma suposta autoridade e legitimidade que eles não tem. Os maiores tiranos, ditadores e déspotas genocidas da história humana de uma forma ou de outra tiveram respaldo de algum tipo de coletivismo para chegarem ao poder, lá se manterem ou justificarem suas ações não importando quão abomináveis pudessem ser.
O coletivismo é a ideia de que você enquanto indivíduo não é nada, não é ninguém, é um ser completamente desprovido da capacidade de pensar, agir por conta própria e ser responsável pelas suas ações, por isso não deve ter autoridade sobre si mesmo, devendo essa autoridade ser centralizada em alguém que supostamente representa um fantasma coletivo no qual você deve ser forçado a fazer parte. É também a ideia de que você tem que sacrificar a sua essência e sua liberdade em nome de algum "bem maior", da "democracia", do "país", ou de qualquer que seja o fantasma usado pra justificar a destruição da sua individualidade e o cerceamento de suas liberdades.
"Quem é que pode responder e decidir por esse fantasma então? Porque tais pessoas se achariam adequadas pra dizer o que é melhor pra todos?"
A verdade é que nenhuma pessoa tem direito ou legitimidade alguma para falar por pessoas que não concordaram explicitamente em serem representadas por ela, e muito menos para governar sobre elas. O coletivismo é sempre uma justificativa para subjugar e controlar o indivíduo, centralizar poder e assim escravizar o seu semelhante.
"O que é a sociedade senão um conjunto de indivíduos, se associando livremente e seguindo suas próprias necessidades e ambições, que em uma relação simbiótica de trocas voluntárias acabam satisfazendo as necessidades e ambições uns dos outros?"
O padeiro, em busca de satisfazer sua própria ambição de obter lucro, faz o pão que satisfaz a necessidade dos outros no café da manhã. Quando você vai espontaneamente até o padeiro e compra o pão, você está realizando uma troca voluntária, visando satisfazer a necessidade e vontade que você tem naquele momento, por tabela satisfazendo uma vontade do padeiro também. É assim que uma sociedade livre funciona, onde cada indivíduo buscando satisfazer suas ambições pessoais invariavelmente tem que satisfazer as ambições dos outros também. Isso é livre mercado e liberdade de associação entre pessoas.
O oposto disso é quando há uma autoridade coercitiva interferindo na liberdade de associação dos indivíduos com a imposição de regulações e leis arbitrárias, criando monopólios e cartéis, ignorando a lei de oferta e demanda, centralizando recursos e os redistribuindo da maneira que bem entender, e é claro, fazendo isso sob o disfarce de justiça social, "bem maior" e vontade do "povo", que não por coincidência é sempre a mesma vontade daqueles que tem o controle dessa autoridade coerciva nas mãos e falam como se fossem cheios de sabedoria divina para melhor organizar a sociedade. Isso quando eles se importam em tentar justificar em vez de admitirem o óbvio sobre toda e qualquer forma de governo de um estado, você tem que obedecer simplesmente porque se não o fizer irão te matar.
Rejeite profundamente qualquer ideia, ideologia ou crença que ignora sua individualidade e clama pelo sacrifício de sua liberdade, à força se necessário for, em nome de algo ou de alguém supostamente maior que você. Desconfie sempre do caráter de quem acha que a liberdade deve ser controlada e seja especialmente cuidadoso se essa pessoa por coincidência se julga competente o suficiente pra fazer esse 'controle'.
Todo coletivista é um potencial ditador que se pudesse, não perderia tempo em escravizar o mundo para satisfazer seus caprichos pessoais.
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Como Jordan Peterson diz, não dá para mudar o mundo, se não arruma nem o próprio quarto.
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Dizem que o homem é um ser gregário por natureza e eu acredito nisso. Veja essa definição:
Citação:Instinto gregário: Tendência que leva os homens ou os animais a se juntarem, perdendo, momentaneamente, suas características individuais.
Então " Nós, o povo, a nação, a comunidade, a sociedade, o estado" parecem ser a manifestação de uma característica natural do ser humano, a gregariedade.
O coletivismo pode ser prejudicial a individualidade sim, principalmente quando se fala em Estado. Mas creio que ainda não alcançamos um estágio evolutivo que nos permita viver na anarquia. O Brasil, por exemplo, está repleto de selvagens irracionais, penso que se hoje o Estado desaparecesse aqui ele seria reconstruído novamente devido às dificuldades de se viver em uma selva.
O que podemos fazer por enquanto é ficarmos alertas para impedir que o coletivismo ultrapasse os limites do necessário. A propósito, concordo com a frase do Thomas Sowell.
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22-05-2019, 06:58 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 22-05-2019, 09:03 PM por Cometa.)
(22-05-2019, 03:52 PM)Tarantino Escreveu: Dizem que o homem é um ser gregário por natureza e eu acredito nisso. Veja essa definição:
Citação:Instinto gregário: Tendência que leva os homens ou os animais a se juntarem, perdendo, momentaneamente, suas características individuais.
Então "Nós, o povo, a nação, a comunidade, a sociedade, o estado" parecem ser a manifestação de uma característica natural do ser humano, a gregariedade.
O homem é social por natureza, viver em cooperação é uma condição fundamental de nossa existência, mas a perda de individualidade não é uma condição necessária para se viver em sociedade (cooperação voluntária), isso seria uma falsa dicotomia. Eu e você, certamente temos opiniões muito semelhantes em algumas coisas e o fato de ambos sermos membros ativos deste fórum é um indicador disso, mas ao mesmo tempo, certamente temos opiniões muito diferentes em várias outras coisas, temos talentos diferentes, ambições diferentes e iremos escrever histórias completamente diferentes com nossas vidas, o fato de que eu e você podemos viver em cooperação pacífica, jamais nos tornará iguais como animais que vivem em bando o são, seremos sempre indivíduos essencialmente distintos.
O "nós" tratado por mim no texto se refere à uma retórica política que eu deixei bem clara, que é a ideia perversa e perigosa de que não podemos ser responsáveis por nós mesmos e que precisamos que alguns seres humanos estejam no controle de todos os outros, como se pastores fossem e "nós", um rebanho.
(22-05-2019, 03:52 PM)Tarantino Escreveu: O Brasil, por exemplo, está repleto de selvagens irracionais, penso que se hoje o Estado desaparecesse aqui ele seria reconstruído novamente devido às dificuldades de se viver em uma selva.
Isso é um completo nonsense, não foi o estado que construiu a sociedade, a sociedade não é o estado. O fim do estado não significa "voltar a viver como no tempo das cavernas" nem viver sem cooperar com outros indivíduos. O estado é apenas e nada mais que um sistema onde um grupo de pessoas detém o monopólio da força e usa esse monopólio pra escravizar o resto das pessoas e viver às custas do seu trabalho, essa é sua definição mais verdadeira e pura.
O fim do estado significa uma coisa única e simplesmente: Que a sociedade deixará de ser espoliada, agredida e feita escrava sistematicamente por um grupo de pessoas.
Quanto à sua afirmação de que a grande maioria ("está repleto") das pessoas se iguala ética e moralmente à animais irracionais e que por isso precisamos de autoridades coercivas eu presumo, Bastiat já respondeu isso com maestria inigualável.
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(22-05-2019, 08:25 AM)Cometa Escreveu: Desconfie sempre do caráter de quem acha que a liberdade deve ser controlada e seja especialmente cuidadoso se essa pessoa por coincidência se julga competente o suficiente pra fazer esse 'controle'.
Eu sempre achei esse pensamento óbvio.
Defender o comunismo, controlar 100% da vida de todo mundo, e por acaso VOCÊ ter todo esse poder em suas mãos... você nem é esperto, né "fiozão"?
Como pode uma única pessoa(ou partido) ter todo o poder possível nas próprias mãos?!
É óbvio que isso é um absurdo. Nem precisamos olhar todo o estrago que foi o comunismo ao longo da história.
(22-05-2019, 08:25 AM)Cometa Escreveu:
O padeiro, em busca de satisfazer sua própria ambição de obter lucro, faz o pão que satisfaz a necessidade dos outros no café da manhã. Quando você vai espontaneamente até o padeiro e compra o pão, você está realizando uma troca voluntária, visando satisfazer a necessidade e vontade que você tem naquele momento, por tabela satisfazendo uma vontade do padeiro também. É assim que uma sociedade livre funciona, onde cada indivíduo buscando satisfazer suas ambições pessoais invariavelmente tem que satisfazer as ambições dos outros também. Isso é livre mercado e liberdade de associação entre pessoas.
Isso é fantástico!
A busca individual pelo sucesso, obviamente sem desrespeitar a vida dos outros, implica no desenvolvimento de toda a sociedade!
Exemplo:
Eu montei uma fábrica mecânica, e todo o lucro de MEU trabalho é MEU!
Eu vou fazer o máximo, o máximo pra crescer! E conforme eu for de fato crescendo, eu vou precisar comprar peças da fábrica do @Cometa , depois quando eu estiver maior vou terceirizar um serviço e contratar a empresa do @"Tarantino"...
Quando estiver bem mesmo, vou investir em outras coisas também meu dinheiro, vou fazer uma parceria com o @"Mike Stonza" em outro ramo.
E também investirei em ideias novas! É assim que um século depois do primeiro motor do Henry Ford, hoje você pode ter um carro automático! Hoje pode pode acessar a internet e conversar com o mundo todo em menos de 1s do seu celular! A câmera do seu telefone é melhor que a da Rede Globo na década de 80!
Como alguém pode ser tão débil mental de defender o comunismo?!?!
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Vou dar o meu exemplo.
Eu trabalho e meu dinheiro é meu e eu gasto como eu quiser.
Ae eu tomo metade dele em cachaça, que ajuda o cachaceiro a aumentar sua empresa, expandir e contratar novos funcionários alambiqueiros. Que por sua vez compram mais cana e ajudam na agricultura e na semeação da roça evitando o êxodo rural.
A outra metade eu gasto com prostitutas, porque geralmente é tudo mãe solteira empoderada e precisa alimentar os catarrentos filhos de presidiários porque o auxílio reclusão não tá mais vencendo compra os pão pros enzo e valentina. A puta ainda gasta unzinho com produtos de beleza e perfume para a ximbica que movimenta a indústria de cosméticos e emprega mais pessoas pro jequiti.
Resumindo: capitalismo é vida e nunca ajudei tanta gente na vida.
Basta que o almejado ideal aconteça todos os dias para que a sonhada perfeição desapareça.
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Exatamente @ TheOak e @"Gashead". Vocês já entendem de mercado muito mais do que muitos doutores e pós-graduados de universidades públicas por aí.
O livre mercado funciona como se fosse uma rede neural, onde o seu gasto é o lucro de outra pessoa. Se você compra um veículo por exemplo, você alimenta toda uma cadeia de trabalho, desde os que fabricam as peças, os que mantém o maquinário, os responsáveis pela logística, pela venda, pela manutenção da loja onde ocorre a venda, etc.
Na mente de um comunista o dinheiro simplesmente desaparece no ar.
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“O embargo econômico americano é o maior problema de Cuba”.
Uma pergunta que eu gostaria de fazer para cada pessoa que diz tal frase é a seguinte:
Quer dizer então que você defende o livre comércio dos EUA com Cuba?
Pessoas que defendem coisas como planejamento econômico, intervenção estatal massiva na economia ou mesmo o socialismo, sempre bradam contra o livre mercado, a liberdade econômica e o espantalho mor do “neoliberalismo”.
Entretanto, quando alguém compila dados e fatos sobre o regime cubano, como por exemplo a escassez de bens básicos, a desnutrição da população, a situação caótica da saúde, a falta de infraestrutura, pessoas formadas precisando trabalhar em mercados negros (muitas vezes precisando trabalhar em vários empregos), a primeira reação dessas pessoas citadas acima é culpar os Estados Unidos e o embargo econômico.
Qual a lógica para isso? Nenhuma.
https://eplrj.wordpress.com/2014/12/23/a...obre-cuba/
NÃO há lógica debater com um socialista/comunista.
E eles fazem jogo sujo, falácias e mais falácias, ficam tentando te driblar, mudam de assunto pra te confundir, vencem a conversa no cansaço...
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(22-05-2019, 06:58 PM)Cometa Escreveu: Isso é um completo nonsense, não foi o estado que construiu a sociedade, a sociedade não é o estado. O fim do estado não significa "voltar a viver como no tempo das cavernas" nem viver sem cooperar com outros indivíduos. O estado é apenas e nada mais que um sistema onde um grupo de pessoas detém o monopólio da força e usa esse monopólio pra escravizar o resto das pessoas e viver às custas do seu trabalho, essa é sua definição mais verdadeira e pura.
O fim do estado significa uma coisa única e simplesmente: Que a sociedade deixará de ser espoliada, agredida e feita escrava sistematicamente por um grupo de pessoas.
Quanto à sua afirmação de que a grande maioria ("está repleto") das pessoas se iguala ética e moralmente à animais irracionais e que por isso precisamos de autoridades coercivas eu presumo, Bastiat já respondeu isso com maestria inigualável.
O Estado é produto da sociedade. Acreditar que é possível manter a ordem e o desenvolvimento sociais sem a presença coercitiva do Estado é tão utópico quanto crer no ideal comunista.
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Nossa democracia atual é a principal forma de coletivismo vigente. O socialismo é tão forte justamente por isso. Ninguém consegue pensar fora dela.
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(23-05-2019, 04:12 PM)Tarantino Escreveu: O Estado é produto da sociedade. Acreditar que é possível manter a ordem e o desenvolvimento sociais sem a presença coercitiva do Estado é tão utópico quanto crer no ideal comunista.
O estado é a manifestação da vontade que alguns homens têm de escravizar seu semelhante, somente isso.
O seu argumento de que é necessário o estado pra manter uma suposta ordem e desenvolvimento social é um argumento completamente utilitarista e coletivista. Você está tentando justificar um "mau necessário" (a imposição agressiva e coerciva das vontades de um grupo de pessoas que detém o monopólio da força) para que haja um suposto "bem maior" (ordem e "desenvolvimento social"), esta é exatamente a linha de pensamento absurda, antiética e extremamente perigosa que eu tratei no post inicial do tópico, um pensamento que tipicamente vem de aspirantes a ditadores.
"Os fins justificam os meios."
Qualquer barbaridade, crime e insanidade pode ser justificada usando essa mesma linha de raciocínio, qualquer discurso de um ditador socialista segue esse axioma.
"Se livrar da escravidão é utopia", diria @"Tarantino" no século XIX, "...é necessária para o desenvolvimento social".
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Últimas posições no ranking do PISA.
Hospitais públicos sucateados.
8% dos homicídios elucidados, apenas.
60.000.00 homicídios/ano.
2,3 trilhões em arrecadação de impostos.
o estado só serve para roubar mesmo.
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24-05-2019, 12:08 AM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 24-05-2019, 12:13 AM por TheOak.)
(23-05-2019, 10:10 PM)Cometa Escreveu: (23-05-2019, 04:12 PM)Tarantino Escreveu: O Estado é produto da sociedade. Acreditar que é possível manter a ordem e o desenvolvimento sociais sem a presença coercitiva do Estado é tão utópico quanto crer no ideal comunista.
O estado é a manifestação da vontade que alguns homens têm de escravizar seu semelhante, somente isso.
O seu argumento de que é necessário o estado pra manter uma suposta ordem e desenvolvimento social é um argumento completamente utilitarista e coletivista. Você está tentando justificar um "mau necessário" (a imposição agressiva e coerciva das vontades de um grupo de pessoas que detém o monopólio da força) para que haja um suposto "bem maior" (ordem e "desenvolvimento social"), esta é exatamente a linha de pensamento absurda, antiética e extremamente perigosa que eu tratei no post inicial do tópico, um pensamento que tipicamente vem de aspirantes a ditadores.
"Os fins justificam os meios."
Qualquer barbaridade, crime e insanidade pode ser justificada usando essa mesma linha de raciocínio, qualquer discurso de um ditador socialista segue esse axioma.
"Se livrar da escravidão é utopia", diria @"Tarantino" no século XIX, "...é necessária para o desenvolvimento social".
Nesse ponto eu tenho que concordar com o @"Tarantino".
Defender uma sociedade sem Estado, pensar que todos viverão felizes, é a mesma coisa que acreditar no SOCIALISMO UTÓPICO.
Algumas citações:
Thomas Hobbes
"O Homem é o lobo do Homem"
Para ele o homem é "mau" por natureza, portanto é importante um contrato social, ceder poderes a alguém(alguns) bom(bons) para regular a sociedade. Senão muitos maus destruirão.
Jean-Jacques Rousseau
Diferente de Hobbes pensava que o homem é bom por natureza, mas é a sociedade quem o corrompe. Mas perceba que viver em sociedade é algo intrínseco à existência de alguém, portanto a maldade vai aparecer.
Rousseau era contra a propriedade privada, tinha toda essa visão encantada da natureza e era meio "socialista", apesar desse conceito surgir depois.
Defendia um contrato social pra sociedade poder funcionar.
John Locke
"Todo o poder emana do povo"
Um grande lutador contra o absolutismo. Era contra poder divino dos reis, queria o bem de todos, defendia direito de revolução.
Diferente de Hobbes não pensava que o estado natural do ser humano fosse maldade e guerras.
Mas defendia a existência de um contrato social para tudo poder funcionar!
"Se as tendências naturais da humanidade são tão ruins a ponto de não ser seguro permitir que as pessoas sejam livres, por que as tendências desses organizadores serão sempre boas?
Os legisladores e seus agentes nomeados também não pertencem à raça humana? Ou eles acreditam que eles mesmos são feitos de um "material" mais nobre do que o resto da humanidade?"
Sim, há algumas pessoas "melhores" que outras e que merecem ter mais controle sobre a sociedade.
Esse controle NÃO é absoluto! E são importantes ferramentas pra deixar isso o mais justo possível.
Isso é perfeito? Não!
Mas é o mais perto possível da perfeição.
Acreditar em ausência de Estado e todos vivendo bem pimpões numa sociedade supimpa, é tão utópico quanto o socialismo utópico, ou mesmo socialismo científico.
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Não existe contrato social. Ninguém precisou concordar explicitamente com nada, o estado define que por você ter nascido dentro do território que ele ilegitimamente diz ser o dono, você tem que seguir um conjunto de regras arbitrárias criadas por ele, e jamais lhe serão dadas as opções de não seguir essas regras ou de não pagar tributos para ele.
Contrato é algo que você faz voluntariamente com alguém, com deveres e obrigações bem definidas e uma cláusula de saída, pro estado você é apenas um escravo mesmo. Hobbes era um estadista que defendia essa escravidão e cunhou essa falácia de contrato social pra servir de retórica política.
(24-05-2019, 12:08 AM)TheOak Escreveu: Esse controle NÃO é absoluto! E são importantes ferramentas pra deixar isso o mais justo possível.
Não existe meia liberdade, nem um terço. Liberdade não é fracionável, ou você a tem, ou você não tem.
E a ausência de sua liberdade nunca será algo justo para com o escravo.
(24-05-2019, 12:08 AM)TheOak Escreveu: Sim, há algumas pessoas "melhores" que outras e que merecem ter mais controle sobre a sociedade.
Eu espero, sinceramente, que um dia você compreenda o absurdo inimaginável contido nessas palavras.
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(24-05-2019, 07:55 AM)Cometa Escreveu: (24-05-2019, 12:08 AM)TheOak Escreveu: Sim, há algumas pessoas "melhores" que outras e que merecem ter mais controle sobre a sociedade.
Eu espero, sinceramente, que um dia você compreenda o absurdo inimaginável contido nessas palavras.
Vou fazer uma pergunta muito SÉRIA a você.
Em algum processo eleitoral na sua vida, você já escolheu algum candidato? Você fez algo além de votar NULO?
Caso você tenha escolhido algum candidato, não importa se é vereador, prefeito, presidente e etc., então você escolheu alguém "melhor".
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(24-05-2019, 07:55 AM)Cometa Escreveu: Não existe contrato social. Ninguém precisou concordar explicitamente com nada, o estado define que por você ter nascido dentro do território que ele ilegitimamente diz ser o dono, você tem que seguir um conjunto de regras arbitrárias criadas por ele, e jamais lhe serão dadas as opções de não seguir essas regras ou de não pagar tributos para ele.
Contrato é algo que você faz voluntariamente com alguém, com deveres e obrigações bem definidas e uma cláusula de saída, pro estado você é apenas um escravo mesmo. Hobbes era um estadista que defendia essa escravidão e cunhou essa falácia de contrato social pra servir de retórica política.
Você não assinou um contrato? Ok, mas seu pai assinou e você já nasceu nele.
Ah seu pai não assinou? Então foi o vovô ou outro ascendente.
A organização social é hereditária.
Caso você se julgue merecedor dos bens dos seus familiares quando eles morrerem, a herança, então também é justo aceitar a organização social aceita por eles.
Não faz sentido a raça humana ter que se reorganizar do zero pra cada criança que nasce.
(24-05-2019, 07:55 AM)Cometa Escreveu: (24-05-2019, 12:08 AM)TheOak Escreveu: Esse controle NÃO é absoluto! E são importantes ferramentas pra deixar isso o mais justo possível.
Não existe meia liberdade, nem um terço. Liberdade não é fracionável, ou você a tem, ou você não tem.
E a ausência de sua liberdade nunca será algo justo para com o escravo.
Outra bem fácil de responder.
O que é LIBERDADE?
Uma pessoa com deficiência nas pernas não tem a liberdade de movimentos. Uma pessoa que nasceu com fibrose cística(já vi de perto) precisa de tratamentos pesados semanalmente que tiram uma infinidade de liberdades. Uma pessoa que nasceu com deficiência mental tem déficit cognitivo e é absurdamente limitada.
Um tema muito batido aqui na Real, uma pessoa que nasce realmente muito bela tem um zilhão de facilidades a mais, e portanto liberdades.
Não se prenda unicamente a "motivos antropológicos". Perder parte dessa tal "liberdade filosófica" é uma forma de ganhar muitas outras.
Tire instantaneamente o apoio que você tem do Estado pra ver o que ocorre com a sua segurança...
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24-05-2019, 04:58 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 24-05-2019, 04:59 PM por Fernando_R1.)
O lance é que estas noções de Coletivismo surgem com o advento dos estados modernos liberais através de uma pretensa separação dos valores culturais dos religiosos, e do advento do chamado estado laico, as sólidas formações de valores tradicionais, cultivadas de forma orgânica, foram trocadas pelo voluntarismo estatal.
Eu concordo que o homem é um ser social e gregário, mas o fato é que estas ligações são feitas de forma natural e espontânea, nunca precisamos da figura de um Estado para NORMATIZAR as relações humanas, o contrato social surge como uma abstração, é ao meu ver do mesmo nível do ideal que o proletário para a Revolução Russa;
Veja que o poder norteador da sociedade sai da figura de Deus, da religião, dos dez mandamentos e entra em uma estrutura de poder de Estado Laico, mas que joga os valores da formação do povo para um estado em que a Constituinte é o irradiador de poder, suplantando as tradições, os conceitos comunitários, os conceitos familiares, os valores de culto, substituindo o papel da fé cristã na vida pública, é necessário "sacralizar" o poder estatal substituindo Deus pelo ideal nacionalista, a bandeira, a pátria, o culto coletivo do povo;
Povo aqui é entendido pelas representações institucionais coletivistas e nos me parece mais calcado nos grupos de pressão organizados e financiados com dinheiro de globalistas do que o trabalhador que chega do serviço e para no bar para beber uma cerveja gelada.
É na verdade o Estado Liberal o pai de todo ideal coletivista.
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(24-05-2019, 04:58 PM)Fernando_R1 Escreveu: O lance é que estas noções de Coletivismo surgem com o advento dos estados modernos liberais através de uma pretensa separação dos valores culturais dos religiosos, e do advento do chamado estado laico, as sólidas formações de valores tradicionais, cultivadas de forma orgânica, foram trocadas pelo voluntarismo estatal.
Eu concordo que o homem é um ser social e gregário, mas o fato é que estas ligações são feitas de forma natural e espontânea, nunca precisamos da figura de um Estado para NORMATIZAR as relações humanas, o contrato social surge como uma abstração, é ao meu ver do mesmo nível do ideal que o proletário para a Revolução Russa;
Veja que o poder norteador da sociedade sai da figura de Deus, da religião, dos dez mandamentos e entra em uma estrutura de poder de Estado Laico, mas que joga os valores da formação do povo para um estado em que a Constituinte é o irradiador de poder, suplantando as tradições, os conceitos comunitários, os conceitos familiares, os valores de culto, substituindo o papel da fé cristã na vida pública, é necessário "sacralizar" o poder estatal substituindo Deus pelo ideal nacionalista, a bandeira, a pátria, o culto coletivo do povo;
Povo aqui é entendido pelas representações institucionais coletivistas e nos me parece mais calcado nos grupos de pressão organizados e financiados com dinheiro de globalistas do que o trabalhador que chega do serviço e para no bar para beber uma cerveja gelada.
É na verdade o Estado Liberal o pai de todo ideal coletivista.
Bem interessante essa premissa de substituição dos valores judaico-cristãos. Na sua ultima afirmação, o Estado liberal seria o estado democrático de direito tão propagado como o novo Deus?
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Bom tópico, onde se ajuda a desmistificar o tal ''mito'' (ou fantasma, conforme o título) do coletivismo inconsciente ou Estado imanente, que é ensinado desde as pequenas letras, há gerações no Brasil.
Começando pelo começo: desmistificar esse ideario, mudar essa mentalidade, não é tarefa pra agora, e nem a médio prazo, não em escala nacional, isso foi consolidado por décadas sobre décadas, no mínimo, desde 1889, então um tempo não muito diferente desse vai se fazer necessário pra uma mudança de rumo do Brasil, em definitivo.
Mas se, nos fóruns, como nesse LR, isso acontecer, já será um grande passo.
Não, não é uma apologia ao anarco-capitalismo, mas a um caminho de menos Estado, mais liberdade.
O Brasil enquanto país é um dos menos livres do mundo, no que tange a liberdade de fazer negócios, de empreender, e mesmo de acesso à informação e propriedade.
Foi formatado para financiar-se da base pra o topo (só constatar a pesada carga tributária sobre o consumo, e comparativamente, reduzida sobre renda, privilegiando os estratos sociais que exatamente se opõem a reformas do atual governo).
O confrade @ TheOak ao valorar o político votado como ''melhor'', faltou explicar, o ''melhor'' em quê. Se for por ser o ''mais adaptado'' ao meio político brasileiro (legislação e burocracia que premiam os subornadores e abastados financeiramente com acesso a fundo partidário e partidos sustentados com... ora, dinheiro de impostos daqueles que juram defender, que interessante).
Mas longe, muito longe de ser ''melhor'' de fato, ninguém, reiterando, NINGUÉM É MELHOR DO QUE VOCÊ PRÓPRIO pra deliberar sobre como investir, usar, gastar, o dinheiro ganho honestamente, com seu trabalho, sem constrangimento a terceiros, desde que de igual modo, não o use pra atacar liberdades de outrem.
Isso faz milênios, era pra ser conversado em salas de aula, do ensino fundamental, ou pelo menos do ensino médio. Liberdade é imprescindível.
"Só os canalhas precisam de uma ideologia que os absolva e justifique." (Rodrigues, Nelsson)
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(24-05-2019, 11:44 AM)TheOak Escreveu: Vou fazer uma pergunta muito SÉRIA a você.
Em algum processo eleitoral na sua vida, você já escolheu algum candidato? Você fez algo além de votar NULO?
Caso você tenha escolhido algum candidato, não importa se é vereador, prefeito, presidente e etc., então você escolheu alguém "melhor".
Sim, eu já votei, e isso não significa nada, não muda a natureza criminosa da democracia, nem torna a autoridade coerciva que a pessoa escolhida por mim teria se ganhasse, em autoridade legítima.
"Só porque você votou num candidato, não quer dizer necessariamente que você apoia ele, ou o que ele diz. Pode ter sido apenas um voto defensivo, de zoeira, ou do menos pior. Ademais, votar não significa que você apoia constituição, o governo eleito ou mesmo a ideia de democracia.
Isso ocorre porque você não tem a opção de não ser afetado pela votação. O contrato é imposto em você, não há liberdade de escolha.
Só haveria algum tipo de aceitação ou concordância - contrato - se você pudesse não ser afetado pelo resultado da eleição.
[..]
A realidade é que a grande maioria das pessoas apenas vota para evitar um resultado ainda pior. Não são diferentes de vítimas de sequestro que podem escolher o jantar. Escolher arroz ou macarrão não significa nada, nem cria concordância com o sequestro.
Ocorre que as forças armadas do país irão lhe agredir, até a morte se necessário, para lhe obrigar a obedecer o resultado das eleições.
[...]
Em outras palavras, a democracia é uma forma idiota de religião, onde um grupo agride outro por motivos bizarros, e as pessoas acham isso normal."
Raphaël Lima (Ideias Radicais)
(24-05-2019, 12:16 PM)TheOak Escreveu: Você não assinou um contrato? Ok, mas seu pai assinou e você já nasceu nele.
Ah seu pai não assinou? Então foi o vovô ou outro ascendente.
A organização social é hereditária.
Caso você se julgue merecedor dos bens dos seus familiares quando eles morrerem, a herança, então também é justo aceitar a organização social aceita por eles.
Escravidão hereditária e "dívida histórica" com um fantasma coletivista denominado então como "organização social".
Você seria ovacionado de pé em qualquer comitê soviético, comício de Maduro, greve sindical ou reunião do PT com esse discurso.
Socialismo absoluto.
(24-05-2019, 12:16 PM)TheOak Escreveu: Outra bem fácil de responder.
O que é LIBERDADE?
Uma pessoa com deficiência nas pernas não tem a liberdade de movimentos. Uma pessoa que nasceu com fibrose cística(já vi de perto) precisa de tratamentos pesados semanalmente que tiram uma infinidade de liberdades. Uma pessoa que nasceu com deficiência mental tem déficit cognitivo e é absurdamente limitada.
Um tema muito batido aqui na Real, uma pessoa que nasce realmente muito bela tem um zilhão de facilidades a mais, e portanto liberdades.
Não se prenda unicamente a "motivos antropológicos". Perder parte dessa tal "liberdade filosófica" é uma forma de ganhar muitas outras.
Tire instantaneamente o apoio que você tem do Estado pra ver o que ocorre com a sua segurança...
Aqui você está meramente usando um jogo de semântica, ou seja, usando do fato de que palavras possuem mais de um significado pra tentar destoar o contexto da argumentação, quando é evidente e claro o que é liberdade dentro do contexto libertário como exposto nos meus argumentos. Mas eu respondo mesmo assim:
Liberdade é soberania do indivíduo sobre seu próprio corpo.
Uma pessoa com deficiência é de fato livre enquanto ela é soberana sobre seu corpo (autopropriedade) independente de sua condição física, a partir do momento que essa pessoa sofre coerção ou agressão de qualquer natureza, como por exemplo: Quando alguém a obriga a entregar parte de sua propriedade para outras pessoas mediante ameaça de ser presa ou assassinada, então essa pessoa efetivamente já não tem mais soberania sobre seu corpo e portanto não tem liberdade, sendo-lhe estas negadas de forma violenta e antiética.
Não importa se está escrito em um papel que é para ser assim, não importa que inventem um contrato imaginário de escravidão hereditária, nem se a maioria das pessoas decida que tem que ser assim por meio de voto, nada mudará que isso é pura e absoluta injustiça, assim como escravidão. Lutar contra ainda que pelo resto da eternidade será sempre uma causa nobre, ética e justa.
O estado não provê segurança, nunca o fez, nunca o fará e ainda que fizesse não seria suficiente pra justificar sua existência. Uma -falsa- segurança, jamais pode justificar o sacrifício da liberdade. Como brilhantemente disse Benjamin Franklin, quem troca liberdade por segurança, sempre acabará sem as duas.
Quem estiver interessado em entender mais sobre a ética da liberdade, eu criei um tópico ( O Pensamento Libertário e o Anarco-capitalismo) onde eu tento abordar o assunto de uma forma didática, também responderei dúvidas honestas e discutirei o assunto com quem quiser. Podem também ler os livros de grandes influenciadores do pensamento libertário/anarco-capitalista, devem estar todos disponíveis gratuitamente por aí.
Nunca é tarde pra aprender coisas novas.
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