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[HISTÓRIA] Homens Lendários
#1
Information 
Confrades,

Sejam bem vindos a primeira de muitas histórias sobre homens lendários e o de hoje é:

Parte 1:


Harald Hardrada - O Último Viking

[Image: viking-warrior_thumb.jpg]


Harald nasceu em uma casa de Reis e seu pai era Olaf II Haraldsson da Noruega. E como mandava a tradição de casa Real, desde cedo ele aprendeu a manejar armas, tendo pego o gosto pelo machado, o qual usava com destreza. Em poucos anos era um guerreiro temido e admirado por seus súditos.

[Image: williami_thumb.jpg]

No ano de 1030, com apenas 15 anos, Harald foi para o campo de batalha, onde quase sucumbiu, mas por suas habilidades conseguiu escapar, junto com outros poucos homens sobreviventes. Eles partiram em exílio para as terras de Yaroslav I, o Sábio, que os acolheu, colocando esses valiosos homens em suas linhas de frente, em pouco tempo Harald foi nomeado chefe da defesa e ajudou o Rei a qual servia a manter a segurança contra os inimigos.

Com todo seu carisma e poder de liderança, em pouco tempo Harald havia montado um pequeno exército de 500 fiéis homens, disposto a lutarem até a morte por seu General em qualquer batalha nesse mundo. Levando consigo seus seguidores, Harald se dirigiu para Constantinopla, capital do Império Bizantino.


[Image: queda-de-constantinopla_thumb.jpg]

Não foi sem motivo que ele escolheu esse lugar, pois lá existia a Guarda Varangian, um pequeno exército de Elite, que na época era o mais temido e armado do mundo. Em pouco tempo Harald engrossava as linhas desses guerreiros e como seu machado era inquieto e poderoso na batalha, sua fama crescia a cada dia e seu nome era idolatrado por todos, pois suas façanhas nas batalhas eram temas para canções e lendas.



[Image: 6_viking1_thumb.jpg]


Conta-se que em uma empreitada na Sicília e na Bulgária, Harald mostrou tudo que era capaz de fazer com o machado em mãos e o próprio Imperador teve que se curvar diante de tamanho poder, nomeando ele como o primeiro manglabites, uma guarda especial que teria como única função proteger o Imperador em todos os casos. Pouco tempo depois ele também recebeu o título de spatharocandidatus, uma honraria que poucos homens na história do mundo alcançaram.

Dizem que Harald acabou sendo preso mais tarde por outro Imperador sob a acusação de desvio de verbas, porém em 1042 ele fugiu da cadeia e retornou para sua Terra Natal onde deveria assumir a coroa. Porém por três anos ele sumiu dos registros da história e ninguém soube seu paradeiro, somente em 1045 chegou a sua casa e casou-se com Elisabeth, filha de Yaroslav e neta do rei Olof Skötkonung da Suécia.


[Image: kronus0807_thumb.jpg]

Para assumir o trono de sua família, Harald tinha que passar por cima de Magnus, que havia se tornado Rei e durante um tempo o clima entre dois ficou tenso, chegando muito perto de uma guerra pelo trono. Felizmente os conselheiros mais velhos e sábios, fizeram os ânimos se acalmarem e ficou resolvido que os dois governariam lado a lado.

Para sua sorte e deleite, um ano após o acordo, Magnus morreu e Harald assumiu plenamente trono, mas isso não era bastante e ele ambicionava ter o trono da Dinamarca, assim iniciou os ataques contra o Rei Svein Ulfsson, reivindicando a soberania sobre o povo dinamarquês.




[Image: stamford_bridge_thumb.jpg]

Continua
Citação:Semper Fidelis

"Seu coração deve ser como uma espada, assim você não perderá. É um longo caminho construído com o valor de muitas vidas, nunca se esqueça..." El Cid de Capricórnio para Tenma de Pegáso
[Image: latest?cb=20130329182556&path-prefix=pt]
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#2
Parte 2:

Mas nem todos os guerreiros de seu exército tinha o mesmo poder do Rei Harald, assim ele jamais conseguiu realizar esse sonho e com tempo seus gastos com a guerra fizeram com que ele tivesse que abandonar essa luta. Sem poder tomar a Dinamarca, ele resolveu atacar em outra frente e dessa vez queria impor seu domínio sobre a poderosa Inglaterra.

Em 1066 ele chegou à Inglaterra, levando consigo 15000 homens para destruir as defesas daquela terra. No primeiro embate, que ficou conhecido como a Batalha de Fulford, Harald teve uma vitória esmagadora e rápida.




[Image: Batalha-de-Stamford-Bridge_thumb.jpg]


Acreditando que sua vitória estava garantida, Harald desceu a cidade para recolher tributos e mandou que os plebeus lhe homenageassem, mas Rei Harold não iria entregar-se fácil e pegou os invasores mal armados e pouco preocupados com um ataque surpresa. Assim ocorreu a Batalha de Stamford Bridge, onde apenas um pedaço do exército de Harald lutou contra uma poderosa força inglesa, até quase ser dizimado.

Conta-se que quando restavam poucos dos seus homens, Harald pegou seu machado e partiu para luta. Dizem que ele tinha fogo nos olhos e que seu machado quebrava qualquer escudo em seu caminho, mais de 40 dos melhores homens ingleses foram derrubados, antes que conseguissem atingir Harald, que só se entregou depois de ter sido esfaqueado mais de 20 vezes.


issem atingir Harald, que só se entregou depois de ter sido esfaqueado mais de 20 vezes.


[Image: StamfordInscription_thumb.jpg]


Assim caiu Harald, o Último Viking, que até hoje é considerado um dos maiores guerreiros que já andou sob esse sol, um homem que lutou a vida toda e morreu do jeito que queria, no campo de batalha.

“Um ano após a queda do rei Harald, seu corpo foi transportado da Inglaterra para o norte para Nidaros e foi sepultado na Igreja de Santa Maria, que ele havia construído. Foi observação comum que o rei Harald distinguiu-se, acima dos outros homens em sabedoria e recursos da mente. Ele era, também, acima de todos os homens, ousado, corajoso e sortudo, até dia de sua morte, como acima relacionada. A bravura é a vitória metade.” - Snorri Sturluson.


Fim
Citação:Semper Fidelis

"Seu coração deve ser como uma espada, assim você não perderá. É um longo caminho construído com o valor de muitas vidas, nunca se esqueça..." El Cid de Capricórnio para Tenma de Pegáso
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#3
Irei postar mais histórias de acordo com a opinião da legião.
Citação:Semper Fidelis

"Seu coração deve ser como uma espada, assim você não perderá. É um longo caminho construído com o valor de muitas vidas, nunca se esqueça..." El Cid de Capricórnio para Tenma de Pegáso
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#4
(01-10-2016, 04:31 AM)Artaius Escreveu: Irei postar mais histórias de acordo com a opinião da legião.

OK. Ele foi um grande guerreiro. Mas o que ele fez de bom ? Por quais causas ele brandia seu machado?
O texto passa a impressão que ele apenas queria poder. Se fosse só isso não seria lembrado hoje.
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#5
Cochrane e Duque de Caxias são dois caras muito importantes na história do Brasil.
O primeiro é um mercenário que dentre outros feitos lutou no mar contra os portugueses durante a nossa independência sendo que ele já estava muito velho e ainda era mais fraco que o oponente.
O segundo ajudou a manter a integridade territorial do Brasil durante as revoltas do período da regência, evitou que o Brasil se tornasse um Haiti na Revolta dos Malês em Caxias (por isso se tornou Barão de Caxias) e praticamente venceu o Paraguai (pelos seus feitos, subiu de nível e virou Duque de Caxias). Quando a guerra já estava perdida e o Solano Lopez começou a utilizar crianças paraguaias para retardar as tropas brasileiras, o Duque de Caxias abandonou a guerra.
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#6
Gostei da idéia do tópico. Futuramente vou trazer algumas biografias de militares para cá.
Fumei 25 cigarros esta noite e você sabe da cerveja.

Buwkoski.

Buceta não machuca e não se faz sexo com a bunda.

Leg. Bean, fórum mundo realista.
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#7
(01-10-2016, 09:32 AM)Grausam Escreveu:
(01-10-2016, 04:31 AM)Artaius Escreveu: Irei postar mais histórias de acordo com a opinião da legião.

OK. Ele foi um grande guerreiro. Mas o que ele fez de bom ? Por quais causas ele brandia seu machado?
O texto passa a impressão que ele apenas queria poder. Se fosse só isso não seria lembrado hoje.

Entendo a opinião do confrade.

A ideia de ter feito este tópico foi para apresentar histórias de homens que tiveram vontades sólidas como o aço e honras afiadas como uma espada e em que qualquer circunstância eles utilizaram isto e seus instintos ao seu favor para alcançar seus objetivos. É isso que quero apresentar a confraria.

Histórias de homens que viraram história por não terem deixado fraquejar por mulheres, pressões sociais ou poder pois simplesmente eles tinham um objetivo a ser alcançado.

Eu diria que eles eram realistas sem conhecer o realismo quando eles sabiam que existia um jogo a ser jogado e começaram a utilizar isto ao seu favor.

Estas histórias servem de inspiração até hoje para homens que fraquejam, caem e se levantam novamente e nisso quero apresentar não uma moral de história em que o bem vence o mal, mas algo inspirador. Algo de como esses homens apesar das circunstâncias adversas que surgiram com o tempo não deixaram de lutar pelos seus objetivos, seus sonhos.

Harald foi um dos últimos guerreiros vikings, conhecidos por terem sido um povo que vivia de espólios sobre as cidades conquistadas. Ele mantém isso inegavelmente em sua forma de governar e guerrear. 

Irei parafrasear agora o confrade Hércules:

Ele não foi um homem bom que fez coisas boas. Ele foi bom em ser homem de acordo com as situações apresentadas.

É isso que apresento neste tópico. Ele foi um grande homem, ele foi um excelente guerreiro e estrategista, com apenas poucos soldados conseguiu formar um exército. Se tornou o melhor dos melhores em ser a guarda de elite de um Rei Nórdico. Ele talvez não seria uma boa pessoa com os costumes da sociedade atual, mas ele foi determinado o bastante para deixar a sua marca na história e honrado o bastante para ser lembrado por seu povo.
Citação:Semper Fidelis

"Seu coração deve ser como uma espada, assim você não perderá. É um longo caminho construído com o valor de muitas vidas, nunca se esqueça..." El Cid de Capricórnio para Tenma de Pegáso
[Image: latest?cb=20130329182556&path-prefix=pt]
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#8
(02-10-2016, 12:09 AM)Artaius Escreveu: Irei parafrasear agora o confrade Hércules:

Ele não foi um homem bom que fez coisas boas. Ele foi bom em ser homem de acordo com as situações apresentadas.

É isso que apresento neste tópico. Ele foi um grande homem, ele foi um excelente guerreiro e estrategista, com apenas poucos soldados conseguiu formar um exército. Se tornou o melhor dos melhores em ser a guarda de elite de um Rei Nórdico. Ele talvez não seria uma boa pessoa com os costumes da sociedade atual, mas ele foi determinado o bastante para deixar a sua marca na história e honrado o bastante para ser lembrado por seu povo.

Mas ele só derramou sangue a vida toda? 

Se for assim então Hitler e Stalin também são Homens Lendários.

Ele deve ter feito mais alguma coisa para ter a consideração de seu povo.
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#9
Grausam, você está procurando chifre na cabeça de cavalos rs
Os povos nórdicos tinha uma cultura de guerra e macheza no campo de batalha. O mundo antigo era movido pela conquistas militares. Quanto mais guerras, mais escravos, mais terras para o cultivo, mais impostos. A sociedade era povos que dependia da guerra para a sobrevivência, principalmente nos paises gelados, onde as opções eram escassas.
Nesse cenário surge a figura desses estrategistas militares e hábeis guerreiros no papel de conquista.
Alexandre o grande chorou quando não havia mais terra alguma a ser conquistado ou algum inimigo quw valesse a pena, Júlio César chorou quando chegou na idade de Alexandre sem ter conquistado um terço de alexandre.
Comparar os povos antigos com as maldades sem sentido de Hitler e stalin , Não faz sentido. Pois os antigos lutavam para seu povo não morrer, os segundo eram loucos.
Fumei 25 cigarros esta noite e você sabe da cerveja.

Buwkoski.

Buceta não machuca e não se faz sexo com a bunda.

Leg. Bean, fórum mundo realista.
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#10
(02-10-2016, 12:40 PM)Cônsul Ragnarok Escreveu: Grausam, você está procurando chifre na cabeça de cavalos rs
Os povos nórdicos tinha uma cultura de guerra e macheza no campo de batalha. O mundo antigo era movido pela conquistas militares. Quanto mais guerras,  mais escravos, mais terras para o cultivo,  mais impostos. A sociedade era povos que dependia da guerra para a sobrevivência,  principalmente nos paises gelados, onde as opções eram escassas.
Nesse cenário surge a figura desses estrategistas militares e hábeis guerreiros no papel de conquista.
Alexandre o grande chorou quando não havia mais terra alguma a ser conquistado ou algum inimigo quw valesse a pena, Júlio César chorou quando chegou na idade de Alexandre sem ter conquistado um terço de alexandre.
Comparar os povos antigos com as maldades sem sentido de Hitler e stalin , Não faz sentido.  Pois os antigos lutavam para seu povo não morrer, os segundo eram loucos.

Verdade.  Eu exagerei um pouco colocando os doentes sanguinários como comparação.

Artaius, entendi o sentido do seu post. Realmente o Viking tinha uma grande determinação. Precisava dela para sobreviver. 
Talvez eu estivesse esperando demais do velho Harald. Eram mesmo outros tempos.
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#11
O Shaka Zulu entraria nessa lista?
Acho ele um dos guerreiros africanos mais fodões, tenho um grande apreço por esses homens e pelas grandes conquistas dos mesmos, quando eu leio a biografia de um homem desses eu me sinto um paspalho, os caras passavam por todo tipo de merda e ainda se mantinham de pé.
Tem vários guerreiros que entrariam nessa lista, muitos que foram esquecidos e não tiveram seu nome gravado na historia.
Banni Définitivement
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#12
Young posta a biografia dele ai, confesso que não sei nada de heróis africanos, a não ser os egípcios.
Fumei 25 cigarros esta noite e você sabe da cerveja.

Buwkoski.

Buceta não machuca e não se faz sexo com a bunda.

Leg. Bean, fórum mundo realista.
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#13
SHAKA ZULU - O GENERAL AFRICANO

Imagem ilustrativa de Shaka Zulu
[Image: shaka-zulu-king1.jpg.pagespeed.ce.t0DzsmiPqr.jpg]


A história Shaka Zulu, líder africano que expandiu a nação zulu, num feito comparável a Alexandre o Grande, mas também terminou sua vida como ditador insano.

O potentado Zulu tem início com o reinado de Shaka, filho do chefe Senzanga Khoma, de um dos clãs mais fortes dos Zulus, que engravidara Nandi, uma mulher Lengani, que se tornou por isso sua terceira esposa. Mas ela era desagradável e pouco dócil, acabou sendo rejeitada junto com o filho, e voltou para os Lenganis, onde Shaka cresceu acalentando o sonho de se tornar Rei dos Zulus, e expandir o império.
A INFANCIA
O menino cresceu arrogante e antipático, e foi por isso marginalizado pelos outros meninos Lenganis, mas se tornou forte e um grande guerreiro. Shaka era o nome que os Zulus davam a um parasita intestinal; quando Nandi engravidou, de desagradável que era na tribo diziam que ela não estava grávida, apenas tinha um shaka na barriga. Vindo ao mundo, o parasita shaka, continuou sendo Shaka.
O ano de 1802 foi um ano de seca e fome. O Rio Umfolozi, secou e a fartura que trazia ao vale que o abrigava e às margens, desapareceu. Com a escassez de alimentos o chefe Longani decidiu expulsar do Kraal[2] todas as pessoas indesejáveis, entre as quais se encontravam Nandi e o filho Shaka.
NOVO EXILIO

Exilados partiram para as terras do sul, aonde chegaram ao reino de Dingiswayo, o mais importante dos chefes do sul que, ao ver Shaka e N'Xumalo, um exilado voluntário do clã Sixolobo, que se tornou seu único companheiro entre os Lenganis. O chefe adivinhou neles grandes guerreiros; eram fortes e mostravam destreza no uso das Azagaias[3], considerou-os bem vindos ao seu regimento. Nos anos seguintes, Shaka e N'Xumalo ganharam grande experiência em guerras e campanhas que ampliaram o território de Dingiswayo.

O GUERREIRO
Shaka começou a desenvolver técnicas pessoais de Guerra e Teoria de Combate!Discordava dos grandes agregados -- mulheres e crianças -- que acompanhavam o destacamento, denunciando à distância a aproximação, e dando a conhecer aos inimigos a disposição das tropas a todos os momentos, aguardando apenas o momento mais propício para o confronto. Não apreciava os rituais que antecediam as batalhas e dos lugares escolhidos -- com encostas suaves, para melhor apreciação dos espectadores.
Ele não concordava com os arremessos das azagaias à distância, que permitiam a esquiva dos adversários. Discordava dos embates pouco contundentes, quando os dois exércitos estavam já desarmados, e da benevolência do vencedor, capturando apenas algum gado e umas quantas mulheres. Reprovava o uso de sandálias de couro de vaca pelos guerreiros, artefato que, no seu entender só tolhia a mobilidade em combate. Achava inclusive as azagaias impróprias para a luta. Preferia o uso de adagas para o corpo a corpo.
Em segredo Shaka treinou com N'Xumalo ataque e defesa, força, destreza e luta corpo a corpo. Quebrou uma lança e encomendou ao forjador da tribo uma arma com o tamanho da metade da lança e o dobro do tamanho de parte cortante: uma Adaga!

A PRIMEIRA BATALHA

Em 1815, num confronto banal com os Butelezis, Shaka demonstrou o que e como queria que fosse uma guerra. No ritual inicial em que um ou dois guerreiros se adiantam para trocar insultos, ele inesperadamente levantou-se e correu descalço para o adversário. Com o seu escudo, Shaka enganchado no do adversário, expôs-lhe o peito e mergulhou nele a adaga curta. Arremeteu depois para as fileiras de vanguarda dos Butelezis, e junto com ele, todo o regimento Izicwe. Foi um massacre. Dezenas de inimigos mortos e de mulheres capturadas, centenas de cabeças de gado apreendidas.

MORTE DO PAI

Em 1816 o pai de Shaka, chefe dos Zulus morreu. Shaka removeu o filho destinado à sucessão e assumiu o comando do clã que tinha cerca de 1.300 pessoas e 300 guerreiros. Era um clã inexpressivo, menor que a maioria dos outros clãs, como os Sixolobos e os Lenganis, e que não expandira o seu território nos últimos cem anos.
Tão logo ele assumiu o comando, uma das suas primeiras providências foi mandar os guerreiros jogar fora as azagaias tradicionais substituindo-as por adagas, proibiu o uso de sandálias e treinou as tropas no endurecimento das solas dos pés, fazendo-os dançar sobre espinhos e pedras batendo os pés com força no chão, até que as solas dos pés estivessem mais duras do que couro. Os guerreiros que não agüentavam e fraquejavam neste treinamento, eram mortos.
Aumentou o tamanho dos escudos quase à altura de um homem, e treinou com os guerreiros: defesa e ataque corpo a corpo, com as técnicas que aperfeiçoara com N'Xumalo.

ESTRATÉGIA CORPO-BRAÇO-CABEÇA

Shaka Instituiu a técnica de combate “corpo-braços-cabeça”, em que o corpo era a grande concentração de tropas central, e a única que os inimigos podiam ver, os braços eram dois grupos de envolvimento rápido que atacavam pelos flancos, e a cabeça, um regimento que, nos dois primeiros estágios de qualquer batalha -- início com o embate frontal do corpo e o segundo - era o ataque dos braços pelos flancos - - ficava escondido por uma colina e de costas para a luta, ver a batalha. No momento adequado recebiam a ordem de ataque, que cumpriam sem pensar e sem tentar adequar-se à situação. Velocidade, rapidez na comunicação e astúcia eram os outros trunfos da estratégia.
Shaka e N'Xumalo formavam uma dupla fantástica; onde ele era um planejador criativo e o amigo era um executor implacável.
Uma manhã de 1816, Shaka reuniu os seus quatro esquadrões numa formação de quadrado oco. Inflamou os ânimos dos guerreiros com palavras de incentivo, enquanto estes batiam os pés no chão com violência -- à dança que caracterizaria para sempre os Zulu. Cada esquadrão era distinguido por diferentes cores dos panos de cabeça e pelos couros de gado dos escudos.

AS BATALHAS
Na batalha contra os Lenganis, Shaka ordenou uma marcha silenciosa. Na manhã seguinte o clã adversário acordou cercado por guerreiros Zulus. Foi à vingança contra o clã que expulsara a mãe e ele há anos atrás. Todos os desafetos pessoais foram empalados por estacas de bambu, e depois de horas de sofrimento, queimados ainda vivos. Os chefes apenas tinham o pescoço quebrado, numa morte rápida e sem sofrimento, e no final, absorveu os regimentos Langani no seu exército.
Quando chefe Dingiswayo morreu, numa batalha contra uma tribo do norte, todo o contingente Izicwe se uniu aos Zulus. Shaka se movimentava com uma velocidade devastadora, dominando os pequenos clãs, cujos chefes eliminavam e cujas forças militares agregavam às suas.
A batalha contra os N'Gwane, os apagou do cenário africano como clã. À vista do Corpo de Ataque Zulu, se posicionaram em tosca formação de combate, acreditando tratar-se apenas de mais uma investida por gado e mulheres, em que apenas alguns homens sairiam machucados. De repente descobriram com espanto que as alas Zulus estavam abertas, como os chifres de um touro. Os guerreiros Zulus caíram sobre os atordoados inimigos matando, e quando as forças N'Gwane tentaram se reagrupar para resistir, do nada apareceu à cabeça do exército de Shaka, as adagas totalmente sem clemência.
Os guerreiros e os velhos foram mortos -- os Zulus nada viam de errado em ajudar a morrer os que eram idosos ou doentes -- as mulheres distribuídas entre os Kraal Zulu, e os meninos recrutados para o exército.

O REINADO DE SHAKA ZULU

Durante o reinado de Shaka, os homens combatiam dos 14 aos 60 anos, e nenhum guerreiro podia casar ou procriar antes de lavar a adaga no sangue de inimigos, e somente com seu consentimento, o que acontecia por volta dos 30 anos. Ele formou um batalhão só de mulheres, que devia seguir na retaguarda para cuidar da comida, reparar as armas danificadas e cuidar dos feridos. A regra básica para estes era: “se um Zulu está ferido, fale com ele. Se ele conseguir compreender o que você disse, cure-o, se não o mate”. Formou também um outro batalhão de idosos e deviam trabalhar constantemente.
Em 1832 Shaka já consolidara a maior parte da sua nação, impondo uma ordem e uma disciplina cuidadosamente definidas; através de punições brutais, transformara um amontoado de clãs num reino unificado. Ele praticava um governo tirânico, mas não insano, assegurando ao seu povo suprimentos de água permanentes e fontes estáveis de alimentos.
Os resultados benéficos do governo de Shaka eram evidentes. Uma área maior que muitos países europeus e que estivera desorganizada até então, tornara-se coesa e próspera. As centenas de tribos e clãs que viveram até ali na base de cada um por si, se proclamavam agora orgulhosamente de Zulu; era nesta altura uma temida nação de meio milhão de pessoas. A cidadania dentro da nação atingia a todos por igual, antigos ou novos integrantes.

A DECADENCIA DE SHAKA

Shaka não tinha descendente que pudessem suceder-lhe, assim ficou obcecado com a idéia de envelhecer e morrer. Feiticeiros se aproveitaram desse início de loucura para explorá-lo com promessas de óleos milagrosos que proporcionavam a imortalidade.
O aparecimento dos primeiros cabelos brancos detonou um processo de loucura irreversível; a morte da mãe desencadeou uma onda de crueldade e perseguições terríveis, que abalaram toda a estrutura ZULU.
Começou por ordenar a morte de todas as mulheres a serviço de Nandi, a “mulher elefante”, que com ela compartilharam a tumba, e que, quase todas, eram mulheres de alguns dos seus melhores e mais confiáveis generais.
A mortalidade gratuita espalhou-se pelo reino; qualquer pessoa, por rir, espirrar, tossir, se coçar, sentar, dormir, amamentar ou mesmo comer e beber, podia ser decapitado, acusado de não demonstrar pesar pela morte da mãe de Shaka.
Turbas frenéticas e assassinas corriam por todo o reino, para ver se alguém deixava de honrar Nandi. Os últimos meses de 1827 ficaram conhecidos entre os Zulus, como o tempo das trevas de Shaka.

A MORTE

Com o caos instituído no reino, M'Kabay, irmã do pai de Shaka e dois meio irmãos dele, Dingane e M'Halangana, junto com alguns comandantes militares, conspiraram e planejaram o assassinato do grande chefe Zulu.
No dia 22 de Setembro de 1828, vários conspiradores se reuniram, foram ao Kraal de Shaka, e sem que este pudesse esboçar um gesto de defesa, lhe espetaram fundo e por diversas vezes as mortais azagaias.
Terminava assim o homem que criou a Nação Zulu.

Dedico esse texto a todos aqueles que estão na luta para inclusão da Historia da África nas salas de aula, explicando que o continente e seus reis em nada ficam devendo em inteligência aos da Europa.
Banni Définitivement
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#14
Obrigado confrade Young por postar a história sobre Shaka.

Eu mesmo desconhecia a história deste homem que uniu os seus iguais mas se tornou lembrado para todo o sempre por ter unido uma nação.
Citação:Semper Fidelis

"Seu coração deve ser como uma espada, assim você não perderá. É um longo caminho construído com o valor de muitas vidas, nunca se esqueça..." El Cid de Capricórnio para Tenma de Pegáso
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#15
(02-10-2016, 12:54 PM)Grausam Escreveu:
(02-10-2016, 12:40 PM)Cônsul Ragnarok Escreveu: Grausam, você está procurando chifre na cabeça de cavalos rs
Os povos nórdicos tinha uma cultura de guerra e macheza no campo de batalha. O mundo antigo era movido pela conquistas militares. Quanto mais guerras,  mais escravos, mais terras para o cultivo,  mais impostos. A sociedade era povos que dependia da guerra para a sobrevivência,  principalmente nos paises gelados, onde as opções eram escassas.
Nesse cenário surge a figura desses estrategistas militares e hábeis guerreiros no papel de conquista.
Alexandre o grande chorou quando não havia mais terra alguma a ser conquistado ou algum inimigo quw valesse a pena, Júlio César chorou quando chegou na idade de Alexandre sem ter conquistado um terço de alexandre.
Comparar os povos antigos com as maldades sem sentido de Hitler e stalin , Não faz sentido.  Pois os antigos lutavam para seu povo não morrer, os segundo eram loucos.

Verdade.  Eu exagerei um pouco colocando os doentes sanguinários como comparação.

Artaius, entendi o sentido do seu post. Realmente o Viking tinha uma grande determinação. Precisava dela para sobreviver. 
Talvez eu estivesse esperando demais do velho Harald. Eram mesmo outros tempos.

Confrade.

Eu entendo a sua colocação. Faltou pela minha parte esclarecer este ponto do tópico.

Harald foi um membro real de uma família nórdica com uma cultura de honra fincada em seu sangue.

A honra dos Vikins que era vilipendiada pela sua veemência e obstinação em conquistar novas terras. Mas contudo existiu um código de honra tal qual os samurais japoneses ao preferirem a morte do que sujarem a sua trajetória. Os vikings preferiam a morte batalhando do que a ocasionada por velhice ou doenças. Eles preferiam morrer no seu auge pois sabiam que a sua trajetória seria lembrada para todo o sempre.

Faltou-me esclarecer o ponto principal pelo qual postei a história deste grande homem que é o dever com a sua honra. Não quero discutir a honra dele, pois os tempos eram outros em que você conquistava ou era conquistado e via seus iguais serem mortos ou escravizados, mas sim a vontade de Harald para perseverar em sua honra.

O dever que todo homem tem consigo mesmo mas tal qual os mesmos esquecem por pressões sociais, familiares ou pior, pela sociedade. 
O dever que todo homem tem consigo mesmo de lembrar-se do que foi, do que é e principalmente pelo quer lutar.
Citação:Semper Fidelis

"Seu coração deve ser como uma espada, assim você não perderá. É um longo caminho construído com o valor de muitas vidas, nunca se esqueça..." El Cid de Capricórnio para Tenma de Pegáso
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#16
Tópico sensacional. Parabéns!!!!

Estávamos precisando disso. Quando der, posto alguma biografia aqui
"Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram."  (Xeones para o rei Xerxes)

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#17
Vou postar um também:


Simo Häyhä - O Morte Branca


[Image: simo-hayha1_thumb.jpg]


Mal sabia o mundo, mas no dia 01 de dezembro de 1905 na pacata cidade de Rautjärvi, no interior da Finlândia, nascia Simo Häyhä, o homem que viria a se tornar uma das maiores lendas do século XX, o maior soldado dos tempos modernos, um homem capaz de lutar sozinho contra um exército e exterminar seus inimigos sem que eles jamais soubessem de onde vinha o tiro, esse era Simo Häyhä, também conhecido como “O Morte Branca”.

Como havia nascido no interior, próximo à fronteira com a Rússia, Simo foi criado em uma fazenda, onde fazia os trabalhos junto com seu pai e também caçava, algo que fazia excepcionalmente bem com um rifle. Até seus dezessete ele levou a vida normal e quando chegou a essa idade alistou no exército, como era obrigatório e serviu por um pequeno tempo. Sendo dispensando em 1926.


[Image: 884208_thumb.jpg]


Simo Häyhä em 17 de Fevereiro de 1940 recebendo seu rifle honorário modelo 28, durante a Guerra de Inverno
Durante mais treze anos, Simo vivei tranquilamente na fazenda de sua família e sua maior preocupação era sobreviver ao rigoroso inverno. Porém em 1939, quando a União Soviética resolveu invadir a Finlândia, ele foi chamado para cumprir o dever de proteger seu país, assim como todos que tinham idade o bastante para carregar uma arma, afinal o poderoso exército socialista era infinitamente maior e melhor equipado do que o da pequena e pacifica Finlândia.


[Image: Simo-Hyh-em-17-de-Fevereiro-de-1940-rece...-de-I3.jpg]


Chamado às pressas, ele foi designado como franco atirador na fronteira, devido a sua habilidade com o rifle. Por ser muito baixo, Simo teve que usar um rifle Mosin-Nagan adaptado, junto com seu uniforme totalmente branco, pois aquelas batalhas seriam lutadas na neve da Finlândia.

Todos os dias ele ia armar emboscadas contra os exércitos russos, pois como o poderio finlandês era muito menor, eles tinham de usar táticas de guerrilhas, fazendo emboscadas e armadilhas, e Simo se tornou um especialista nisso. Escondendo-se na neve ele fazia montes que serviam para abafar seus tiros, além disso, não utilizava mira telescópica, pois dessa maneira podia atirar mais escondido e não havia perigo da lente refletir o sol. Ele também colocava neve na boca, escondendo assim quaisquer sinais que sua respiração pudesse provocar.



[Image: simo-hayha-3.jpg.w300h292_thumb.jpg]



Simo dava apenas um tiro por posição e como sua mira era excepcional conseguia, mesmo sem a mira de “sniper”, acertar os inimigos a mais de uma centena de metros, dizem que ele era certeiro a até mesmo 400 metros. Durante 100 dias ele matou mais de 500 soldados russos e jamais foi descoberto e ninguém sabia de onde ele atirava. Cada vez que um inimigo caia por um tiro dele, o pelotão entrava em desespero, pois estavam enfrentando um inimigo invisível e mortal.


Além das mortes que provocou como franco-atirador, Simo Häyhä foi creditado também por abater mais de duzentos soldados inimigos com uma submetralhadora Suomi M-31, elevando assim sua marca para 705 mortes.

Dessa maneira, matando um por um e sempre mudando sua posição, Simo sobreviveu e deixou sua marca no exército russo, que o chamava de “Morte Branca”.



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Dezenas de vezes os russos tentaram pegar seu grande inimigo, porém ele era mais esperto e sempre escapava ou matava os atiradores que tentavam lhe pegar desprevenido. O exército soviético tentou executar vários planos para se livrar dele, incluindo contra-ataques com franco atiradores e assaltos de artilharia.

Ele só foi encontrado uma vez, onde lutou contra um soldado russo no corpo a corpo e acabou tomando um tiro no rosto, mas mesmo assim conseguiu matar seu inimigo, contudo seu rosto ficou deformado com a marca da guerra.

Durante muitos anos Simo sofreu com o maldito ferimento, mas felizmente conseguiu recuperar, mesmo tendo a mandíbula dilacerada. Depois da guerra ele voltou a sua vida normal, caçando e vivendo no interior. Foi considerado o mais eficiente franco-atirador da história.

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Simo morreu em 2002, com quase cem anos de causas naturais. Ele disse que jamais se arrependeu do que fez, dizia que apenas cumpriu as ordens e protegeu seu país da melhor maneira possível. Esse era Simo Häyhä, o Morte Branca, o maior soldado que o mundo viu, um homem lendário.


Curiosidade: O nome da banda brasileira de Heavy Metal WHITE DEATH foi inspirado no apelido de Simo Häyä - "Morte branca"
“A maior necessidade do mundo é a de homens — homens que se não comprem nem se vendam; homens que, no íntimo de seu coração, sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” Educação, Pág 57.
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#18
Um homem que eu considero Lendário é o Ayrton Senna.

Algumas frases épicas dele:

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Citação:Acidentes são inesperados e indesejados, mas fazem parte da vida. No momento em que você se senta num carro de corrida e está competindo para vencer, o segundo ou o terceiro lugar não satisfazem. Ou você se compromete com o objetivo da vitória ou não. Isso que dizer: ou você corre ou não.



Citação:Nunca precisei mostrar que em determinado GP eu estava com uma loira de olhos azuis ou em outro GP com uma morenaça. Quando aconteceu, foi uma coisa natural e nunca para mostrar aos outros que eu sou garanhão e tenho dezenas de mulheres. Se eu tive uma dezena de mulheres, foi para mim mesmo.



Citação:Não sei dirigir de outra maneira que não seja arriscada. Quando tiver de ultrapassar vou ultrapassar mesmo. Cada piloto tem o seu limite. O meu é um pouco acima do dos outros.


Citação:O medo me fascina.


Citação:Vencer é o que importa. O resto é a consequência.

Citação:Seja você quem for, seja qual for a posição social que você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá.

Citação:No que diz respeito ao empenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz.

Citação:Se você quer ser bem sucedido, precisa ter dedicação total, buscar seu último limite e dar o melhor de si.

Citação:É muito difícil você conseguir vencer numa boa. Pra vencer você tem que lutar, e essa luta muitas vezes significa indispor de certa forma com algumas pessoas, pra prevalecer aquilo que você acredita. Teu ponto de vista, tua cabeça, a tua personalidade acima de tudo. E se você não lutar pra valer, você acaba perdendo teu próprio rumo. E se você perde o teu próprio caminho, você não é ninguém. Então, pra conseguir manter essa linha de conduta, você tem que lutar muito. E, muitas vezes, tem que brigar mesmo. Deus é forte, Ele é grande, e quando Ele quer, não tem quem não queira.

Citação:A Fórmula 1 é um tempo perdido se não for para vencer.

Citação:Há um grande desejo em mim de sempre melhorar.
Melhorar. É o que me faz feliz.
E sempre que sinto que estou aprendendo menos, que a curva de aprendizado está nivelando, ou seja o que for, então não fico muito contente.
E isso se aplica não só profissionalmente, como piloto, mas como pessoa.

Citação:O segundo nada mais é do que o primeiro dos perdedores.

Citação:Ou você se compromete com objetivo da vitória, ou não.

Citação:Existem durante nossa vida, sempre dois caminhos a seguir: aquele que todo mundo segue, e aquele que a nossa imaginação nos leva a seguir. O primeiro pode ser mais seguro,o mais confiável, o menos critíco, o que você encontrará mais amigos…mas, você será apenas mais um a caminhar. O segundo, com certeza vai ser o mais difícil, mais solitário, o que você terá maiores críticas; mas também, o mais criativo, o mais original possível. Não importa o que você seja, quem você seja, ou que deseja na vida, a ousadia em ser diferente reflete na sua personalidade, no seu caráter, naquilo que você é. E é assim que as pessoas lembrarão de você um dia.

Citação:Eu não tenho ídolos. Tenho admiração por trabalho, dedicação e competência.

Citação:Sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá.

Citação:Se a morte deve levar-me, então que seja com toda força, numa curva, porque vejo me mal acabar a minha vida numa cadeira de rodas.

Citação:Em um dado dia, uma dada circunstância, você acha que tem um limite. Você então tenta ir para esse limite e você toca esse limite, e você pensa: 'Ok, este é o limite.' Logo que você toca esse limite, algo acontece e de repente você pode ir um pouco mais longe. Com o poder da sua mente, sua determinação, seu instinto, e a experiência também, você pode voar muito alto.

Citação:Quero melhorar em tudo. Sempre.

Citação:Quando acho que cheguei ao ponto máximo, descubro que é possível superá-lo.

Citação:Na vida não importa o que você esteja fazendo, faça sempre o seu melhor.

Citação:Somos insignificantes. Por mais que você programe sua vida, a qualquer momento tudo pode mudar.

Citação:Se depender de mim, vocês, jornalista, irão esgotar os adjetivos do dicionário.

Citação:Na adversidade, uns desistem, enquanto outros batem recordes.




“A maior necessidade do mundo é a de homens — homens que se não comprem nem se vendam; homens que, no íntimo de seu coração, sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” Educação, Pág 57.
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#19
Sir William Wallace

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Muitos já devem ter visto um dos melhores filmes de todos os tempos, chamado Coração Valente, o qual conta a história de William Wallace e a luta dos escoceses contra a Inglaterra por liberdade. Apesar de essa história a incrível parecer um roteiro de cinema, ela realmente aconteceu e mostrou ao mundo que um homem com sonhos pode mudar tudo que quiser.

William nasceu em uma família simples, que possuía poucas terras e provavelmente vivia no vilarejo de Ellerslie ou mesmo em Ellerslie, não se sabe ao certo. Ele nasceu em uma época complicada, pois por volta de 1286 o Rei Alexander III que comandava a Escócia morreu, deixando não apenas o trono vago, mas também criando diversos conflitos internos para saber quem iria assumir o posto de Rei.

Vendo a briga entre os principais nobres escoceses, o Rei da Inglaterra, Edward I, viu a oportunidade de conquistar terras com facilidade, assim ele se ofereceu para ajudar os escoceses, que aceitaram a oferta, porém mal sabiam eles que isso era um golpe. Em pouco tempo a Escócia virou uma espécie de extensão da Inglaterra e os nobres nada fizeram, temendo uma luta aberta contra o Rei.

[Image: 14.-Eduardo-I-Longshanks-Patrick-McGoohan_thumb.jpg]

Sendo assim a Escócia ficou sob o comando de Edward I, que também era conhecido como Longshanks, e isso fez com que muitas coisas mudassem. Uma delas acabou afetando a família de William Wallace, que teve sua esposa morta por um delegado local e como corria em suas veias o sangue da batalha, ele vingou a morte de sua amada, matando o assassino e a partir desse momento tornou-se um criminoso procurado.

Descontente com a coroa, William aos poucos começou a se tornar um líder dos rebeldes e a cada lugar que ia centenas se juntavam a ele na luta contra o domínio inglês. Assim acabou chamando a atenção dos nobres escoceses que também estavam descontentes com Longshanks. O primeiro a ser unir a Wallace foi Andrew Murray, logo depois mais três grandes nobres juraram apoio a William: James Stewart, James Douglas e Robert Bruce.

Com um exército mal armado e jamais treinado, William Wallace foi para a batalha. A primeira grande luta foi a famosa Batalha de Stirling, onde os escoceses enfrentaram frente a frente o poderosíssimo exército inglês e graças a capacidade e inteligência de Wallace venceram.

Os ingleses tinham uma armada muito maior, assim os escoceses esperaram o inimigo do outro lado do rio e no momento em que eles estavam vulneráveis e fora de formação atravessando a ponte, os mal trapilhos escoceses atacaram, fazendo com que a superioridade numérica inglesa não valesse de nada. A vitória foi grande, apesar de William ter pedido seu braço direito, Andrew Murray.

Após essa batalha William foi nomeado chefe dos exércitos escoceses por Robert Bruce.

[Image: william-wallace-neo-more-90s-large-msg-1..._thumb.jpg]

Infelizmente a próxima grande batalha seria a de Falkirk, onde os escoceses poderiam ter vencido a guerra de uma vez, porém seu exército estava separado e ainda lutaram em desvantagem em vários aspectos, por esse motivo a Inglaterra venceu, comandada pessoalmente por Edward Longshanks. A sangrenta batalha quase destruiu todo o exército da Escócia e William teve que fugir para não ser morto.

[Image: Falkirk-1298_thumb.jpg]

A derrota também matou a esperança dos escoceses, assim os nobres acabaram cedendo e se rendendo as ordens do rei inglês. Enquanto a Escócia se entregava, William viajava escondido por diversos lugares tentando encontrar uma maneira de libertar seu país.

Dizem que quando voltava para Escócia, onde se encontraria com Robert Bruce, Wallace foi traído e John Mentieth, seu próprio compatriota, lhe entregou à coroa inglesa, assim William foi mandando para Inglaterra.

Lá ele foi julgado, sem direito a defesa e condenado a morte na hora. Primeiro ele foi enforcado, até quase perder os sentidos, depois foi amarrado e teve as entranhas arrancadas, por último sua cabeça foi cortada e seu corpo picado, para que as partes fossem enviadas para servir de exemplo.

William Wallace pode não ter vencido a guerra contra os Ingleses, mas morreu tentando e acabou sendo traído por seu próprio povo. Contudo essa derrota e sacrifício pelo que acreditava, fez com que a imagem de William se transformasse em algo que todos os escoceses precisavam: coragem de lutar. Assim Wallace virou um mito em seu país e seus sonhos impulsionaram a Escócia e poucos anos depois, liderados por Robert Bruce, os escoceses enfim venceram e seu país voltou a ser livre.

[Image: cats_thumb.jpg]

William Wallace não venceu em vida, mas sua morte foi o combustível da vitória para seu povo e país. "Liberdade é a melhor de todas as coisas a ser conquistada, a verdade, lhe digo então: nunca viva com os grilhões da escravidão".
“A maior necessidade do mundo é a de homens — homens que se não comprem nem se vendam; homens que, no íntimo de seu coração, sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” Educação, Pág 57.
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#20
Leônidas de Esparta

[Image: Leonidas_by_VegasMike_thumb.jpg]

Leônidas era o décimo sétimo da linhagem de Agiad, filho do Rei Anaxandridas II de Esparta e segundo as lendas era descendente direto de ninguém menos que o poderoso Hércules, do qual havia herdado a força e bravura.

Por não ser o primogênito e nem ser a primeira opção para assumir o trono, Leônidas não foi obrigado a participar do agoge, a temida escola espartana de educação rígida e treinamentos sobre-humanos. Por esse motivo ele acabou se tornando um dos pouquíssimos Reis a não terem participado dessa escola/quartel.

Mesmo assim Leônidas se mostrou um grande guerreiro e conhecedor da arte da guerra na Batalha de Sepeia, onde sob as ordens de Cleomenes, seu irmão mais velho e Rei, foi vencedor. Durante muito tempo ele lutou por Esparta em diversas frentes, até que seu irmão acabou sendo deposto por estar louco, assim Leônidas enfim assumiu o trono no ano de 491 a.C.

Agora no controle da poderosa Esparta, Leônidas só aumentou seu renome tornando-se um Rei acima da média em todos os aspectos, mas especialmente nos militares, onde seu nome era tão respeitado em toda Grécia que quando a ofensiva Persa comandada por Xerxes foi iniciada, Leônidas de Esparta foi o escolhido para comandar os exércitos de defesa contra essa enorme ameaça.

Quando designado para tal tarefa, Leônidas foi ao encontro do Oráculo de Delfos, que profetizou:

Para vocês, habitantes da poderosa Esparta
Sua cidade deverá ser tomada pelos homens da Pérsia
E se não isso, a Lacedemônia deve chorar a morte de um Rei da linhagem de Hércules
Nem os poderosos leões e touros serão capazes de determinar tal fato, pois nisso está o poder de Zeus
E enquanto um dos dois não cair, não se chegará a um fim.

Mesmo com a Profecia mostrando um caminho escuro na frente de Leônidas, ele não demonstrou medo e no início de agosto, junto com sua guarda pessoal de 300 soldados, partiu para guerra, tendo na retaguarda um pequeno exército, de pouco mais de 9000 homens que conseguirá juntar para defender o desfiladeiro de Termópilas.

As lendas falam que Xerxes tinha consigo um contingente de mais de 2 milhões de homens, mas os historiadores modernos falam que na verdade não podia ser mais de 200 mil soldados, mesmo assim a sua vantagem era gigantesca, tendo mais de 20 homens para cada grego.

Por quatro dias Xerxes apenas observou o pequeno exército inimigo, na esperança que eles fugissem ao verem o esplendor de suas forças.

Reza a lenda que antes de iniciar o ataque Xerxes chamou Leônidas e o desafiou dizendo: "Lançarei tantas flechas sobre seu pequeno exército, que o Sol ficará coberto!" Em resposta Leônidas falou: "Assim é um tanto melhor, pois lutaremos a sombra!"

Somente no quinto dia a batalha se iniciou para valer. Durante dois dias as lutas não cessaram, no fim o exército comandado por Leônidas saiu vitorioso, tendo matado mais de 20 mil soldados inimigos e perdido apenas 2 mil homens, nesses primeiros dias também caíram dois irmãos de Xerxes, algo que deixou o imperador persa ainda mais furioso.

No sétimo dia de batalha os espartanos foram traídos por um homem chamado Efialtes, que mostrou aos persas um caminho pelas montanhas, que colocariam o exército de Leônidas sobre ataques em duas frentes. Sabendo do iminente fim, Leônidas dispensou todos os outros soldados, ficando apenas com seus trezentos homens e mais alguns poucos que se negaram a abandonar o campo de batalha.

[Image: KingLeonidasKingofSpartaScremingAsArrows..._thumb.jpg]

Ele sabia que precisava salvar o maior número de homens para as futuras lutas, pois era de seu conhecimento que aquela era uma luta perdida e que ele morreria no final, mas também sabia que precisava lutar até o fim, pois se ele fugisse, quem mais não fugiria depois? Leônidas precisava morrer lutando para mostrar ao povo da Grécia que eles podiam vencer, mesmo na pior das situações, assim ele lutou até suas últimas forças para se tornar um mártir e ser um exemplo para dar forças ao seu povo.

Apenas com seus poucos homens, Leônidas se preparou para o fim e antes de cair foi desafiado a entregar suas armas e renderem-se, mas ele respondeu: "Que venham pega-las!"

[Image: 300-movie03_thumb.jpg]

A batalha contra o pequeno, mas poderoso exército espartano durou algumas horas, até que seu último homem caiu. Leônidas tombou e seu corpo foi pego por Xerxes, que mandou decapita-lo e crucificar o resto.

Depois dessa vitória os persas esperaram dois meses para invadir a Grécia, mas com ódio no coração e querendo vingança, os gregos montaram o melhor exército que podiam, tendo apenas um terço do tamanho poderio de Xerxes, mas mesmo assim os gregos, comandados pelos poderosos espartanos conseguiram vitória, rechaçando o inimigo para fora de suas terras.

Dessa maneira a Grécia ficou livre do domínio persa e Leônidas foi vingado, tornando-se uma lenda, ele e seus 300 bravos soldados.
“A maior necessidade do mundo é a de homens — homens que se não comprem nem se vendam; homens que, no íntimo de seu coração, sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” Educação, Pág 57.
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