01-10-2020, 08:44 AM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 01-10-2020, 08:46 AM por Héracles.)
Estou lendo os seguintes:
Esse foi mais um caso onde eu percebi que as interpretações que fazem de um autor, são muito divergentes da ideia geral que ele tenta transmitir de fato. Eu tinha uma visão muito diferente de Schopenhauer, influenciado por muitas coisas que li na real inclusive, coisas essas, na sua maioria, infundadas. Esse livro é o terceiro da sua magnum opus: O Mundo como Vontade e Representação.
A obra (que eu não terminei ainda) é uma explicação racional do como e porque o belo toca e transforma o espírito humano tão profundamente. Mas antes disso, é preciso entender o que é "belo" e porque achamos o belo, belo...
como eu sempre digo e repito, por isso que gosto de filosofia pq lhe força a pensar ... apesar de que Schop não é TÃO complicado de se entender. inclusive ele é um pouco diferenciado dos filósofos da sua época justamente por ser mais claro na exposição das ideias. Bem diferente de Kant por exemplo.
Ele usa como pano de fundo o mundo das ideias de Platão para explicar toda a sua metafísica, que na minha opinião é muito coerente e sensata. Explica o que é um gênio, e como todos os homens tem um pouco de gênio no espirito, pois todos somos capazes de perceber coisas belas como uma paisagem natural... mas só o gênio tem a capacidade de extrair a ideia pura do mundo da representação e das causalidades e sintetizar isso numa obra de arte. Há uma explicação fundamental sobre o pq clássicos são clássicos.
Livro muito bom, estou gostando bastante, está me dando infinitos insights e reflexões... mas não é recomendado para quem não tem pelo menos um contato com filosofia.
Estou lendo esse por recomendação do nosso nobre colega @hjr_10.
(Spoiler alert)
Bem, não terminei ele ainda, mas eu achei o começo bem estranho e esquisito pelo fato do narrador estar na barriga da mãe. Até então não tinha lido nada do tipo e a sensação de imaginar a coisa toda, e todos os perrengues e dilemas que o arianinho passa é bastante estranhas e desconfortável. Já estou numa parte que muitas coisas tensas aconteceram, mas pelo visto a coisa vai piorar bastante logo em seguida.
Eu não tenho certeza se estou certo, mas pelo visto a autora usou de muita ironia não apenas para descrever a "estrutura" do programa "Lebensborn", mas no comportamento do moleque em relação ao reich, e para falar a verdade, não sei se gostei disso. Deixa a coisa meio artificial e forçada... mas vamos ver mais adiante.
Eu já li um bocado de coisas sobre nazismo, e também li o outro lado da história, o dos judeus, e definitivamente não tenho uma opinião formada sobre tudo isso (wwII) ainda... mas acho que ALGUMAS ideias subliminares transmitidas pelo livro estão meio fora de lógica, ou melhor dizendo, exageradas num sentido mais metafísico, por outro lado, pelo que eu pesquisei rapidamente, muitos loucuras que já aconteceram na trama do livro, relacionados a procedimentos físicos, eram reais... então a merda é grande mesmo.
No geral, estou gostando do livro, com algumas ressalvas, conforme dito acima.
Quando terminar volto aqui para relatar o que achei definitivamente.
Spoiler Revelar
Esse foi mais um caso onde eu percebi que as interpretações que fazem de um autor, são muito divergentes da ideia geral que ele tenta transmitir de fato. Eu tinha uma visão muito diferente de Schopenhauer, influenciado por muitas coisas que li na real inclusive, coisas essas, na sua maioria, infundadas. Esse livro é o terceiro da sua magnum opus: O Mundo como Vontade e Representação.
A obra (que eu não terminei ainda) é uma explicação racional do como e porque o belo toca e transforma o espírito humano tão profundamente. Mas antes disso, é preciso entender o que é "belo" e porque achamos o belo, belo...

Ele usa como pano de fundo o mundo das ideias de Platão para explicar toda a sua metafísica, que na minha opinião é muito coerente e sensata. Explica o que é um gênio, e como todos os homens tem um pouco de gênio no espirito, pois todos somos capazes de perceber coisas belas como uma paisagem natural... mas só o gênio tem a capacidade de extrair a ideia pura do mundo da representação e das causalidades e sintetizar isso numa obra de arte. Há uma explicação fundamental sobre o pq clássicos são clássicos.
Livro muito bom, estou gostando bastante, está me dando infinitos insights e reflexões... mas não é recomendado para quem não tem pelo menos um contato com filosofia.
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Spoiler Revelar
Estou lendo esse por recomendação do nosso nobre colega @hjr_10.
(Spoiler alert)
Bem, não terminei ele ainda, mas eu achei o começo bem estranho e esquisito pelo fato do narrador estar na barriga da mãe. Até então não tinha lido nada do tipo e a sensação de imaginar a coisa toda, e todos os perrengues e dilemas que o arianinho passa é bastante estranhas e desconfortável. Já estou numa parte que muitas coisas tensas aconteceram, mas pelo visto a coisa vai piorar bastante logo em seguida.
Eu não tenho certeza se estou certo, mas pelo visto a autora usou de muita ironia não apenas para descrever a "estrutura" do programa "Lebensborn", mas no comportamento do moleque em relação ao reich, e para falar a verdade, não sei se gostei disso. Deixa a coisa meio artificial e forçada... mas vamos ver mais adiante.
Eu já li um bocado de coisas sobre nazismo, e também li o outro lado da história, o dos judeus, e definitivamente não tenho uma opinião formada sobre tudo isso (wwII) ainda... mas acho que ALGUMAS ideias subliminares transmitidas pelo livro estão meio fora de lógica, ou melhor dizendo, exageradas num sentido mais metafísico, por outro lado, pelo que eu pesquisei rapidamente, muitos loucuras que já aconteceram na trama do livro, relacionados a procedimentos físicos, eram reais... então a merda é grande mesmo.
No geral, estou gostando do livro, com algumas ressalvas, conforme dito acima.
Quando terminar volto aqui para relatar o que achei definitivamente.
"Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram." (Xeones para o rei Xerxes)