25-06-2020, 02:32 AM
(23-11-2019, 08:36 PM)Neo Solid Escreveu: Eu sempre gostei de eletrônica e informática. Mas na hora de escolher levei em conta que a área de informática não era regulamentada, além de exigir um aprimoramento mais constante. Muda tudo muito rápido, e sempre tem gente mais nova chegando.
A área de informática não tem piso salarial, e pra contratar geralmente serve qualquer um com formação na área, seja técnico, tecnólogo ou analista. Um cara que estudou muito menos pode pegar a vaga, aceitando ganhar menos claro, desde que consiga fazer o serviço.
Pra conseguir empregos top, você precisa ser "escovador de bits" e sobressair muito em relação à média, e geralmente isso acontece com quem vai pra essa área por simplesmente não conseguir por vontade própria ir pra outra. Pelo seu relato, parece que não está muito animado em ter que aprender linguagens. Dessa forma, não estou sentindo muito entusiasmo na sua escolha por essa profissão.
E sobre o aeroporto, sim. Se você for um programador top, é mais fácil sair do Brasil empregado, recrutado. Existe também muita gente que mora aqui e trabalha para empresas estrangeiras, no estilo home office.
Agora comentando a questão dos engenheiros fora do mercado:
Engenharia é bem regulamentado. Tem coisas que só um engenheiro pode fazer, porque a assinatura de um engenheiro é exigida.
Engenharia civil acaba muitas vezes indo trabalhar em banco ou sendo Uber, pois a área depende de investimentos por parte do governo pra aquecer. Tenho observado um ciclo de 20 anos parado e 10 anos aquecido. Nesse ciclo do PAC do governo anterior vi muito recém-formado ganhando 15k, mas isso é só até quando a obra acaba.
Engenharia mecânica é um pouco mais restrita. Você tem que ir trabalhar com máquinas ou setor automotivo. Conforme a indústria vai morrendo no Brasil, cada vez menos oportunidades no setor de máquinas. Mas se você cair pro setor automotivo, mercado é que não vai faltar. Muitos engenheiros mecânicos montam oficinas, contratam aquele pessoal do SENAI, e não vejo nenhum reclamando da vida.
Engenharia elétrica, a área de obras sofre o mesmo problema das ondas da civil. Mas nas outras áreas sempre vejo boas ofertas de emprego. Se cair pra eletrônica pode entrar na área de software embarcado e programar também. Só que pra entrar bem nesse nicho tem que viver numa região que tenha as empresas do ramo. Em SP vai ter que morar perto de Campinas, São José dos Campos ou Sampa mesmo.
Outra área/mercado que sempre cresce aqui no Br é a de segurança, onde podem atuar pessoas de informática e eletrônica. Pra sua casa, tem em loja de prateleira por aí um alarme de 8 setores que você mesmo instala, mas as empresas sempre precisam de sistemas com rede e servidores.
E tem as outras engenharias, a de computação, mecatrônica, de alimentos, a química e a agronomia. Computação acaba caindo na mesma dos analistas, mecatrônica fica um negócio meio indefinido. Notar que poucos concursos pedem esses diplomas especificamente.
Alimentos e química são outras que sempre vai ter empregos aqui pois ainda não se importa comida, desodorante, pasta de dente, sabonete e shampoo da China, mas as oportunidades são poucas. Se você quiser fugir dos grandes centros, agronomia é bom porque a vocação do nosso país é o agronegócio.
Pra área de engenharia, tem muitos concursos que pagam o piso. No setor privado, a maioria dos empregadores não paga o piso.
Quando pensava em entrar na faculdade, pensava em fazer engenharia eletrônica por puro gosto e afinidade com a área. Não queria engenharia elétrica, porque a maioria das oportuniades que vi em minha cidade era de projetos de transmissão e distribuição de energia. Eu queria trabalhar com projetos de eletrônicos ou automação. Com tudo, fiquei com o pé atrás de cometer o mesmo equivico quando optei pelo técnico em eletrônica ao invés do técnico em eletroténica. Já tinha feito um curso profissionalizante de eletricista industrial e estava querendo aumentar meu patamar. Desconsideriei o mercado para tec. eletrônica e ainda hoje é díficil arruma algo. Exige certa experiência, conhecimento e habilitações que não se aprendem no curso. Já o téc. eletrotécnica, vira e mexe aparece uma vaga, fora os bicos por ai.
Notei que o mercado está tendendo para IoT. Engenheiros eletrônicos e eletricistas terão que aprender programação, assim com o pessoal dessa áera teria que aprender o básico de eletricidade, eletrônica etc. Aí que entrar o Eng. em Computação. Minha grande paixão sempre foi trabalhar com hardware. Porém, hoje, a demanda envolve bastante programação. Dizem que a faculdade de eng. de computação 80% é programação. Não que eu não goste. Até acho interessante e conseguiria aprender de boa. O problema está justamente no que @Neo Solid , muitas exigências só na parte de programação. Nem falei em outras habilidade como falar inglês, comunicação etc. E eu não sei se gostaria de ter que dedicar tanto tempo, esforço e dinheiro em uma áreia somente para fazer dinheiro. Parece-me sem propósito, objetivo. Vazio.