07-11-2019, 11:17 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 07-11-2019, 11:22 PM por Subsolo.)
Os camaradas acima deixaram belos relatos, diga-se de passagem.
E é isso que vai te fazer melhorar: ter contato com pessoas que tiveram os mesmos problemas que você e que de alguma maneira acabaram com esse medo.
Aproveitando o gancho, também vou deixar meu conhecimento empírico.
Bom, eu nunca fui expert em apresentações orais em público, mas sempre consegui fazer boas apresentações.
No meu TCC, por exemplo, o que salvou foi minha defesa oral, graças a Deus.
Todavia, no meio desse ano assumi um cargo público novo, onde lidero cerca de 250 servidores.
É reunião atrás de reunião.
Caralho, falar em sala de aula era uma coisa, no trabalho, onde vários sujeitos têm mais anos de casa do que eu de idade, é outra.
E não apenas isso, também precisa dar entrevista para a televisão sempre.
Fiz de tudo para evitar essas situações. Sempre deixava a cargo dos meus superiores.
Até que não deu mais: eu tinha que enfrentar esse bicho papão.
Nas primeiras vezes foi complicado, falava rápido demais, embolava as palavras, gesticulava feito maluco. Na televisão então, puta que o pariu. O câmera me pediu uma vez para parar de mexer enquanto estava falando,
Mas o bom de você levantar a cabeça, estufar o peito e ir para a luta é justamente o fato de poder constatar depois a evolução que se teve através das ocasiões outrora obscuras.
Hoje levo as reuniões com extrema tranquilidade. Os mais chegados até brincam dizendo que pareço estar em casa quando me dirijo aos demais. É simples: prática.
Ora, hoje mesmo dei uma entrevista ao vivo na rádio por cerca de 30 minutos. Não sabia o que iam perguntar e os ouvintes também podiam mandar perguntas. O que acontece quando você sai da zona de conforto? Nervosismo e ansiedade.
Me controlei ao máximo e consegui me sair bem, entretanto, eu não parava de mexer nas folhas que continham algumas informações que eu poderia precisar.
O legal é que nas próximas vezes tenho certeza de que vai ser melhor.
E assim vai.
Ninguém precisa apanhar para aprender. Mas eu garanto que quem apanhou para aprender valoriza e tem muito mais qualidade no aprendizado.
Não tem jeito, psicóloga pode ajudar (e muito), psiquiatra, remédios, suco de maracujá, dramin e sei lá. Mas só vai ficar bom, de fato, depois de se apresentar várias e várias vezes.
E outra, tem um fator importantíssimo que citaram aí: nós temos a impressão de que estão todos nos olhando e fazendo julgamentos, zombando da nossa cara, fazendo piadas. Porra nenhuma. 50% vai estar conversando ou fazendo qualquer merda paralela. Nos outros 50%, metade vai viajar na maionese sem saber sequer o motivo de estarem ali, ao passo que a outra metade vai te olhar com cara séria, mas não farão a mínima noção do que é que você estará falando.
E é isso que vai te fazer melhorar: ter contato com pessoas que tiveram os mesmos problemas que você e que de alguma maneira acabaram com esse medo.
Aproveitando o gancho, também vou deixar meu conhecimento empírico.
Bom, eu nunca fui expert em apresentações orais em público, mas sempre consegui fazer boas apresentações.
No meu TCC, por exemplo, o que salvou foi minha defesa oral, graças a Deus.
Todavia, no meio desse ano assumi um cargo público novo, onde lidero cerca de 250 servidores.
É reunião atrás de reunião.
Caralho, falar em sala de aula era uma coisa, no trabalho, onde vários sujeitos têm mais anos de casa do que eu de idade, é outra.
E não apenas isso, também precisa dar entrevista para a televisão sempre.
Fiz de tudo para evitar essas situações. Sempre deixava a cargo dos meus superiores.
Até que não deu mais: eu tinha que enfrentar esse bicho papão.
Nas primeiras vezes foi complicado, falava rápido demais, embolava as palavras, gesticulava feito maluco. Na televisão então, puta que o pariu. O câmera me pediu uma vez para parar de mexer enquanto estava falando,

Mas o bom de você levantar a cabeça, estufar o peito e ir para a luta é justamente o fato de poder constatar depois a evolução que se teve através das ocasiões outrora obscuras.
Hoje levo as reuniões com extrema tranquilidade. Os mais chegados até brincam dizendo que pareço estar em casa quando me dirijo aos demais. É simples: prática.
Ora, hoje mesmo dei uma entrevista ao vivo na rádio por cerca de 30 minutos. Não sabia o que iam perguntar e os ouvintes também podiam mandar perguntas. O que acontece quando você sai da zona de conforto? Nervosismo e ansiedade.
Me controlei ao máximo e consegui me sair bem, entretanto, eu não parava de mexer nas folhas que continham algumas informações que eu poderia precisar.
O legal é que nas próximas vezes tenho certeza de que vai ser melhor.
E assim vai.
Ninguém precisa apanhar para aprender. Mas eu garanto que quem apanhou para aprender valoriza e tem muito mais qualidade no aprendizado.
Não tem jeito, psicóloga pode ajudar (e muito), psiquiatra, remédios, suco de maracujá, dramin e sei lá. Mas só vai ficar bom, de fato, depois de se apresentar várias e várias vezes.
E outra, tem um fator importantíssimo que citaram aí: nós temos a impressão de que estão todos nos olhando e fazendo julgamentos, zombando da nossa cara, fazendo piadas. Porra nenhuma. 50% vai estar conversando ou fazendo qualquer merda paralela. Nos outros 50%, metade vai viajar na maionese sem saber sequer o motivo de estarem ali, ao passo que a outra metade vai te olhar com cara séria, mas não farão a mínima noção do que é que você estará falando.