30-09-2017, 04:41 PM
Meu livro favorito da Bíblia.
Sabem como Salomão conseguiu a sabedoria dele? A Bíblia relata em 1 Reis, capítulo 3.
Com a morte de seu pai, o rei Davi, Salomão assume o trono de Israel. O novo monarca estava apreensivo e muito preocupado diante da grandiosa tarefa que lhe cabia: governar uma nação inteira marcada por conflitos internos e crises. Diante da responsabilidade enorme, sentia-se inexperiente e impotente. Foi quando, certa noite, falou-lhe Deus em sonhos, concedendo-lhe a oportunidade de fazer o pedido que desejasse. Salomão, de pronto, agarrando a chance áurea, respondeu a Deus: “Teu servo está no meio do Teu povo que elegeste, povo grande, que nem se pode contar, nem numerar, pela sua multidão. Portanto, dá ao Teu servo um coração entendido para julgar o Teu povo, para prudentemente discernir entre o bem e o mal” (1Rs 3:8, 9).
O relato continua dizendo que o pedido de Salomão pareceu bom aos olhos de Deus. Por causa disso, o Senhor lhe deu não só um coração sábio, mas até mesmo o que não havia solicitado: riquezas, fama, glória, poder e inteligência singular. Fascinante, não? Quem não gostaria de receber de Deus algo assim?
Acrescento algumas curiosidades sobre este fantástico livro:
Leis meteorológicas – A Bíblia descreveu o “ciclo” de correntes de ar dois mil anos antes de os cientistas o descobrirem: “O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos” (Eclesiastes 1:6). Atualmente, já está bem estabelecido cientificamente que o ar ao redor da Terra gira em gigantescos circuitos, no sentido horário em um hemisfério e no sentido anti-horário no outro hemisfério.
Ciclo da água – A água evapora de oceanos ou outras fontes e cai no solo em forma de chuva, neve ou granizo, alimentando os rios e nascentes (Jó 36:27, 28; Eclesiastes 1:7 e 11:3; Isaías 55:10; Amós 9:6). Cientistas já descobriram sobre isso, inclusive essas informações constam em livros didáticos de ensino fundamental. Já os gregos antigos acreditavam que era a água de oceanos subterrâneos que alimentava os rios. No século 18 ainda se acreditava nisso.
Será que Aristoteles lia Salomão?
Em Civilização Ocidental, de Marvin Perry, a ética aristotélica é assim descrita: "[Aristóteles] sustentava... que, com treinamento adequado, as pessoas podiam aprender a dominar seus desejos. Elas podiam alcançar o bem-estar moral, ou a virtude, se evitassem comportamentos extremos e escolhessem racionalmente o caminho da moderação. 'Nada em excesso' é a chave da ética de Aristóteles." (PERRY, p. 68, 2002).
É algo muito interessante e, provavelmente, instigante estudar a ética do justo meio de Aristóteles. Entretanto, muito mais instigante é Salomão, séculos antes da existência de Aristóteles, escrever também sobre a moderação: "Não sejas demasiadamente justo, nem exageradamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo? Não sejas demasiadamente perverso, nem sejas louco; por que morrerias fora do teu tempo?" Eclesiastes 7:16 e 17.
Outros versículos de Salomão que me instigaram a estudar mais a Bíblia:
Eclesiastes 9:5 e 6: "Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento. Também o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma para sempre, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol."
Salomão, inspirado por Deus, deixa claro que os mortos não sabem de nada, não vêem nada, não sentem nada. Não têm mais parte em nada do que se faz neste mundo. Segundo o texto, é impossível que uma pessoa que tenha morrido interaja de alguma maneira com os vivos. No Salmo 146:4, é dito que quando a pessoa morre, naquele momento "perecem todos os seus desígnios".
Eclesiastes 12: 7 - "E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu."
Segundo a Bíblia, espírito é o ruach, ou simplesmente fôlego. No ato da criação do ser humano, Deus promoveu a união de dois elementos para formar um terceiro: "Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente." Pó da terra (carbono, enxofre, hidrogênio, oxigênio, ferro...) + fôlego de vida (energia vital, respiração, fôlego...) = alma vivente (nephesh, ser humano). Note que o texto diz que Adão se tornou alma vivente e não que teria recebido uma alma. Na morte, segundo a Bíblia, o processo é inverso: o pó volta ao pó, o fôlego (espírito), que não se trata, portanto, de uma entidade consciente, volta a Deus e a alma (pessoa) deixa de existir (até a ressurreição).
Eclesiastes 9:2 - "Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao mau, ao puro e ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento."
O mal é conseqüência do pecado. O pecado entrou no mundo por meio de um só, mas contaminou todos os seres humanos. Se todos somos pecadores, todos também sofremos. O sofrimento vem para todos, não faz distinção.
Eclesiastes 3:19 e 20 responde: "Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais, e lhes sucede a mesma coisa; como morre um, assim morre o outro; e todos têm o mesmo fôlego, e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque tudo é vaidade. Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó."
Salomão afirma que, do ponto de vista da morte, não existe vantagem alguma do homem sobre o animal. Os dois foram criados por Deus, que lhes deu vida. Após a morte, ambos - animal e ser humano, que foram feitos do pó - ao pó retornam.
E a conclusão final do seu livro:
“Jovem, aproveite a sua mocidade e seja feliz enquanto é moço. Faça tudo o que quiser e siga os desejos do seu coração. Mas lembre de uma coisa: Deus o julgará por tudo o que você fizer... Lembre-se do seu Criador enquanto você ainda é jovem” (Eclesiastes 11:9 e 12:1).
Sabem como Salomão conseguiu a sabedoria dele? A Bíblia relata em 1 Reis, capítulo 3.
Com a morte de seu pai, o rei Davi, Salomão assume o trono de Israel. O novo monarca estava apreensivo e muito preocupado diante da grandiosa tarefa que lhe cabia: governar uma nação inteira marcada por conflitos internos e crises. Diante da responsabilidade enorme, sentia-se inexperiente e impotente. Foi quando, certa noite, falou-lhe Deus em sonhos, concedendo-lhe a oportunidade de fazer o pedido que desejasse. Salomão, de pronto, agarrando a chance áurea, respondeu a Deus: “Teu servo está no meio do Teu povo que elegeste, povo grande, que nem se pode contar, nem numerar, pela sua multidão. Portanto, dá ao Teu servo um coração entendido para julgar o Teu povo, para prudentemente discernir entre o bem e o mal” (1Rs 3:8, 9).
O relato continua dizendo que o pedido de Salomão pareceu bom aos olhos de Deus. Por causa disso, o Senhor lhe deu não só um coração sábio, mas até mesmo o que não havia solicitado: riquezas, fama, glória, poder e inteligência singular. Fascinante, não? Quem não gostaria de receber de Deus algo assim?
Acrescento algumas curiosidades sobre este fantástico livro:
Leis meteorológicas – A Bíblia descreveu o “ciclo” de correntes de ar dois mil anos antes de os cientistas o descobrirem: “O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos” (Eclesiastes 1:6). Atualmente, já está bem estabelecido cientificamente que o ar ao redor da Terra gira em gigantescos circuitos, no sentido horário em um hemisfério e no sentido anti-horário no outro hemisfério.
Ciclo da água – A água evapora de oceanos ou outras fontes e cai no solo em forma de chuva, neve ou granizo, alimentando os rios e nascentes (Jó 36:27, 28; Eclesiastes 1:7 e 11:3; Isaías 55:10; Amós 9:6). Cientistas já descobriram sobre isso, inclusive essas informações constam em livros didáticos de ensino fundamental. Já os gregos antigos acreditavam que era a água de oceanos subterrâneos que alimentava os rios. No século 18 ainda se acreditava nisso.
Será que Aristoteles lia Salomão?
Em Civilização Ocidental, de Marvin Perry, a ética aristotélica é assim descrita: "[Aristóteles] sustentava... que, com treinamento adequado, as pessoas podiam aprender a dominar seus desejos. Elas podiam alcançar o bem-estar moral, ou a virtude, se evitassem comportamentos extremos e escolhessem racionalmente o caminho da moderação. 'Nada em excesso' é a chave da ética de Aristóteles." (PERRY, p. 68, 2002).
É algo muito interessante e, provavelmente, instigante estudar a ética do justo meio de Aristóteles. Entretanto, muito mais instigante é Salomão, séculos antes da existência de Aristóteles, escrever também sobre a moderação: "Não sejas demasiadamente justo, nem exageradamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo? Não sejas demasiadamente perverso, nem sejas louco; por que morrerias fora do teu tempo?" Eclesiastes 7:16 e 17.
Outros versículos de Salomão que me instigaram a estudar mais a Bíblia:
Eclesiastes 9:5 e 6: "Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento. Também o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma para sempre, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol."
Salomão, inspirado por Deus, deixa claro que os mortos não sabem de nada, não vêem nada, não sentem nada. Não têm mais parte em nada do que se faz neste mundo. Segundo o texto, é impossível que uma pessoa que tenha morrido interaja de alguma maneira com os vivos. No Salmo 146:4, é dito que quando a pessoa morre, naquele momento "perecem todos os seus desígnios".
Eclesiastes 12: 7 - "E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu."
Segundo a Bíblia, espírito é o ruach, ou simplesmente fôlego. No ato da criação do ser humano, Deus promoveu a união de dois elementos para formar um terceiro: "Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente." Pó da terra (carbono, enxofre, hidrogênio, oxigênio, ferro...) + fôlego de vida (energia vital, respiração, fôlego...) = alma vivente (nephesh, ser humano). Note que o texto diz que Adão se tornou alma vivente e não que teria recebido uma alma. Na morte, segundo a Bíblia, o processo é inverso: o pó volta ao pó, o fôlego (espírito), que não se trata, portanto, de uma entidade consciente, volta a Deus e a alma (pessoa) deixa de existir (até a ressurreição).
Eclesiastes 9:2 - "Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao mau, ao puro e ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento."
O mal é conseqüência do pecado. O pecado entrou no mundo por meio de um só, mas contaminou todos os seres humanos. Se todos somos pecadores, todos também sofremos. O sofrimento vem para todos, não faz distinção.
Eclesiastes 3:19 e 20 responde: "Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais, e lhes sucede a mesma coisa; como morre um, assim morre o outro; e todos têm o mesmo fôlego, e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque tudo é vaidade. Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó."
Salomão afirma que, do ponto de vista da morte, não existe vantagem alguma do homem sobre o animal. Os dois foram criados por Deus, que lhes deu vida. Após a morte, ambos - animal e ser humano, que foram feitos do pó - ao pó retornam.
E a conclusão final do seu livro:
“Jovem, aproveite a sua mocidade e seja feliz enquanto é moço. Faça tudo o que quiser e siga os desejos do seu coração. Mas lembre de uma coisa: Deus o julgará por tudo o que você fizer... Lembre-se do seu Criador enquanto você ainda é jovem” (Eclesiastes 11:9 e 12:1).
Cuidai, para que isso que agora julgais ser ouro puro, não se vos demonstre ser metal vil.
Conheça meu tópico: Evidências Bíblicas Arqueológicas.
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