15-05-2020, 08:09 PM
No mundo moderno – onde a simpatia pelo demônio é por via de regra o atalho para a falsa salvação – o pecador serial é tratado como o ápice da virtude terrena. Mas, que virtude é esta, que exalta a maldade esquecendo seu fim inevitável?
Pecadores todos somos, embora alguns tenham certa inclinação, até mesmo “talento” para se direcionar ao caminho da perdição. Quanto mais errado e maligno melhor. Quanto pior, melhor. Sem direito ao remorso. O único sinal de arrependimento que muitos esboçam é no momento da cobrança por aquilo que foi feito, embora seja algo despertado pela punição que se sofre ou sofrerá, terrena ou divina, não pela vontade de, se assim fosse possível, retornar ao passado e não ter cometido tal ação contra seu semelhante ou contra si mesmo.
Quando as consequências por uma vida guiada e direcionada pelo pecado chegam, tal sentimento aflora, novamente, não pelo desejo de não errar outra vez, mas sim por tal erro não ter tido melhor desfecho: o benefício do pecado destilado de suas consequências. E assim segue o imoral, que não se arrepende verdadeiramente, não se estremece mediante sua própria insignificância e torpeza, abandonando o caminho da verdade de Deus.
Prosseguem de maneira serial, condenando seu espírito a cada ação feita, como em um ciclo que só se encerra com a morte. Não possuem respeito pelo outro, porque não se respeitam. Destratam a sua própria casa, que não os pertence. Negam a sua origem divina, pois se esta não existe, não possuem vínculos eternos, somente o momento – e em nome dele – tudo podem fazer, inclusive com os próximo. Ao subverterem o termo Memento Mori, que eleva a humildade, sequestram um dos tantos caminhos para a virtude final, nosso reencontro com o Pai Maior. Carpe Diem dizem, como se já não fossem mortos em vida, vagando sem rumo na escuridão.
Se esforçam para não serem reconhecidos pelo seu próprio criador. Marcam e destroem a sua própria casa. Se mutilam psicologicamente e fisicamente, repassando o feito à outros incautos, que seguiram em menor ou em maior grau a serpente.
Como a inteligência é uma virtude divina, esta cada vez mais se afasta do pecador serial, que se afasta por livre espontânea vontade da verdade. Esta certamente machuca, mas somente uma vez. Após o choque inicial, nada neste mundo substitui tal sensação, que é buscar e encontrar o verdadeiro caminho do verdadeiro Deus.
No intermédio entre o pecador e o seu inevitável retorno à origem - que é o criador – se divertem
com o estrago que deixam por onde passam. Levam consigo lembretes que podem ser vistos à luz do dia ou permanecem ocultos dentro d’alma. São infelizes. Buscam naquele pequeno momento de pecado uma centelha de felicidade passageira, que é a única que os resta, pois assim escolheram.
Sua maior felicidade é esquecer da própria tristeza e miséria.
Contexto:
Fiz esse texto após o término com uma mulher que convivi algum tempo. Não exatamente para ela, embora após esse momento inicial tenha conseguido visualizar melhor não somente meus erros e acertos, mas também os do mundo. Algumas partes escrevi porque descobri que ela se envolvia com artes ocultas nefastas, algo que sempre desaprovei no mundo, algo que sempre combati publicamente inclusive, sem nunca saber que existia algo assim ao meu lado. Compartilhei parcialmente de sua miséria. Outras escrevi como auto-crítica.
O pecado cega e emburrece.
É estranho ver o seu próprio espirito nu em frente ao espelho, trazendo à tona tudo aquilo que foi desagradável perceber ou falar para si mesmo.
Me senti emburrecido pela sequência de erros que cometi. Me senti culpado e contaminado pela sujeira que permiti entranhar. Quando estive naquele momento fiquei entorpecido e castrado espiritualmente. Depois de sair desse ciclo vicioso minha vida mudou para melhor. Me livrei emocionalmente, fisicamente e espiritualmente. Andei um passo para trás para no final andar dois para frente.
Admito que até hoje tenho alguma cautela, tenho receio dela ressurgir das sombras e me prejudicar de alguma forma aleatória que não consigo compreender(no campo físico mesmo). Apesar de tudo desejo tudo de bom, de coração. Ela só me fez o mal que eu permiti que fizesse.
Pecadores todos somos, embora alguns tenham certa inclinação, até mesmo “talento” para se direcionar ao caminho da perdição. Quanto mais errado e maligno melhor. Quanto pior, melhor. Sem direito ao remorso. O único sinal de arrependimento que muitos esboçam é no momento da cobrança por aquilo que foi feito, embora seja algo despertado pela punição que se sofre ou sofrerá, terrena ou divina, não pela vontade de, se assim fosse possível, retornar ao passado e não ter cometido tal ação contra seu semelhante ou contra si mesmo.
Quando as consequências por uma vida guiada e direcionada pelo pecado chegam, tal sentimento aflora, novamente, não pelo desejo de não errar outra vez, mas sim por tal erro não ter tido melhor desfecho: o benefício do pecado destilado de suas consequências. E assim segue o imoral, que não se arrepende verdadeiramente, não se estremece mediante sua própria insignificância e torpeza, abandonando o caminho da verdade de Deus.
Prosseguem de maneira serial, condenando seu espírito a cada ação feita, como em um ciclo que só se encerra com a morte. Não possuem respeito pelo outro, porque não se respeitam. Destratam a sua própria casa, que não os pertence. Negam a sua origem divina, pois se esta não existe, não possuem vínculos eternos, somente o momento – e em nome dele – tudo podem fazer, inclusive com os próximo. Ao subverterem o termo Memento Mori, que eleva a humildade, sequestram um dos tantos caminhos para a virtude final, nosso reencontro com o Pai Maior. Carpe Diem dizem, como se já não fossem mortos em vida, vagando sem rumo na escuridão.
Se esforçam para não serem reconhecidos pelo seu próprio criador. Marcam e destroem a sua própria casa. Se mutilam psicologicamente e fisicamente, repassando o feito à outros incautos, que seguiram em menor ou em maior grau a serpente.
Como a inteligência é uma virtude divina, esta cada vez mais se afasta do pecador serial, que se afasta por livre espontânea vontade da verdade. Esta certamente machuca, mas somente uma vez. Após o choque inicial, nada neste mundo substitui tal sensação, que é buscar e encontrar o verdadeiro caminho do verdadeiro Deus.
No intermédio entre o pecador e o seu inevitável retorno à origem - que é o criador – se divertem
com o estrago que deixam por onde passam. Levam consigo lembretes que podem ser vistos à luz do dia ou permanecem ocultos dentro d’alma. São infelizes. Buscam naquele pequeno momento de pecado uma centelha de felicidade passageira, que é a única que os resta, pois assim escolheram.
Sua maior felicidade é esquecer da própria tristeza e miséria.
Contexto:
Fiz esse texto após o término com uma mulher que convivi algum tempo. Não exatamente para ela, embora após esse momento inicial tenha conseguido visualizar melhor não somente meus erros e acertos, mas também os do mundo. Algumas partes escrevi porque descobri que ela se envolvia com artes ocultas nefastas, algo que sempre desaprovei no mundo, algo que sempre combati publicamente inclusive, sem nunca saber que existia algo assim ao meu lado. Compartilhei parcialmente de sua miséria. Outras escrevi como auto-crítica.
O pecado cega e emburrece.
É estranho ver o seu próprio espirito nu em frente ao espelho, trazendo à tona tudo aquilo que foi desagradável perceber ou falar para si mesmo.
Me senti emburrecido pela sequência de erros que cometi. Me senti culpado e contaminado pela sujeira que permiti entranhar. Quando estive naquele momento fiquei entorpecido e castrado espiritualmente. Depois de sair desse ciclo vicioso minha vida mudou para melhor. Me livrei emocionalmente, fisicamente e espiritualmente. Andei um passo para trás para no final andar dois para frente.
Admito que até hoje tenho alguma cautela, tenho receio dela ressurgir das sombras e me prejudicar de alguma forma aleatória que não consigo compreender(no campo físico mesmo). Apesar de tudo desejo tudo de bom, de coração. Ela só me fez o mal que eu permiti que fizesse.